Quase cinco mil estudantes guineenses foram admitidos neste ano lectivo no ensino superior português, um aumento de 48% face ao ano anterior, informou a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau.

O número de guineenses que conseguiram acesso ao ensino superior em Portugal passou de 3356, no ano lectivo de 2023/2024, para 4966 no presente ano lectivo de 2024/2025, segundo a fonte.

O número de admissões excede em 48% as do ano passado “e representa um claro e continuado compromisso de Portugal para com a formação do capital humano da Guiné-Bissau”, salienta a embaixada portuguesa.

Em Dezembro, o P3 noticiou que os alunos estrangeiros perdem meses à espera de visto para estudar em Portugal. Os alunos que vêm da Guiné são dos mais afectados pelos atrasos dos vistos, tal como os alunos do Brasil, Cabo Verde, Angola e Moçambique.

O estudo A Adaptação dos Alunos dos PALOP no Primeiro Ano de Estudos do Ensino Superior em Portugal concluiu que o atraso na obtenção dos vistos é um dos principais entraves e, para muitos, o único obstáculo ao aproveitamento académico no país, lê-se no relatório da Nova SBE e do NOVAFRICA, centro da Faculdade de Economia de Lisboa.

Numa nota divulgada à imprensa, a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau informa que já foram publicadas dez listas de agendamento para os estudantes admitidos tratarem do processo de pedido de visto.

No balanço da cooperação e relações bilaterais relativas ao ano de 2024, a embaixada informa que recebeu mais de 16.400 processos de pedido de visto, 6000 dos quais relativos a estudantes.

Este número representa um aumento de pedidos de visto “superior 20% face a 2023”, de acordo com os dados divulgados.