Das 48 escolas internacionais no País, 18 abriram nos últimos cinco anos e há mais nove a caminho. A chegada de famílias estrangeiras alimenta a expansão, mas há procura nacional – mesmo com preços que facilmente chegam a 2 mil euros por mês.


É intervalo do almoço e o recreio inunda-se de vozes em inglês e francês. Um auxiliar interrompe uma futebolada para disciplinar, em francês, alguns rapazes da primária. Na biblioteca espaçosa, as chávenas para o “chá da tarde com livros” repousam no armário – como todas as salas, esta tem janelas enormes por onde entra a luz, fruto do projeto de arquitetura feito de raiz por um ateliê de renome. Numa turma dos 5 anos, os alunos sentam-se no tapete com as educadoras. Quase todos estão ali desde os 3, beneficiando de três professoras por sala que organizam os tempos em inglês, francês e português – os miúdos também ensinam quando explicam as atividades aos colegas. “Qualquer uma destas crianças fala as três línguas”, diz Maria do Carmo Guedes. Quando se levantam para sair, a diretora de comunicação da Redbridge School vai apontando cada um e diz “belga, francesa, português, brasileiro, turca…”, um sinal das mais de 30 nacionalidades na escola.