(em atualização)


A líder de extrema direita e oito eurodeputados foram considerados culpados de desvio de fundos públicos. As sentenças serão detalhadas individualmente, mas sabe-se já que a juíza decretou inelegibilidade com execução provisória imediata para Le Pen.


Marine Le Pen condenada a quatro anos de prisão, dois dos quais domiciliária com pulseira eletrónica, e cinco anos de inelegibilidade com efeito imediato, o que a impossibilita de se candidatar às eleições Presidenciais de 2027. A ex-líder do União nacional tem também uma multa de 100.000 euros.


Le Pen não reagiu bem ao anuncio da sentença e saiu do tribunal antes de ser declarado por quanto tempo tem esta pena, ficando impedida, para já, de se candidatar à Presidência francesa.


“Parece necessário combinar sentenças de inelegibilidade com execução provisória”, declarou o presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis. “Trata-se de garantir que os representantes eleitos, tal como todos os que estão sujeitos à lei, não beneficiam de um regime preferencial”.

Depois de ter sido considerada culpada de desvio de fundos públicos, esta condenação impossibilita que Marine Le Pen, de 56 anos, se candidate nas presidenciais francesas previstas para 2027 para suceder ao Presidente atual, Emmanuel Macron.

A condenação lança dúvidas sobre o futuro político da principal figura da extrema-direita francesa, que deixou a sala de audiências e o Palácio da Justiça de Paris antes de serem anunciados todos os pormenores da sua sentença.


A sentença ainda está a ser lida, mas Le Pen e os eurodeputados envolvidos foram considerados culpados de, entre 2009 e 2014, terem contratado assistentes para o Parlamento em Estrasburgo, pagos com fundos europeus, mas que acabavam por trabalhar apenas para o partido em Paris.


O tribunal comprovou que houve 2,9 milhões de euros de desvio de dinheiros públicos, fundos do Parlamento Europeu.

Apesar de ser considerada culpada, falta ainda saber a sentença final de Le Pen, que pode chegar a cinco anos de prisão com dois de cadeia efetiva mais uma multa de 300 mil euros e a inelegibilidade imediata – que pode levar a líder da extrema-direita francesa a não se candidatar às eleições Presidenciais de 2027.


Os doze assistentes julgados também foram considerados culpados de receção de bens roubados. O tribunal estimou que o dano total foi de 2,9 milhões de euros, ao fazer com que o Parlamento Europeu “assumisse o controlo de pessoas que, na verdade, trabalhavam para o partido de extrema direita”, de acordo com o Le Monde.


A líder de extrema-direita poderá enfrentar uma sentença de cinco anos de inelegibilidade com execução provisória, o que poderá impedir Le Pen de concorrer às eleições presidenciais de 2027.