(em atualização)
A líder de extrema direita e oito eurodeputados foram considerados culpados de desvio de fundos públicos. As sentenças serão detalhadas individualmente, mas sabe-se já que a juíza decretou inelegibilidade com execução provisória imediata para Le Pen.
Marine Le Pen condenada a quatro anos de prisão, dois dos quais domiciliária com pulseira eletrónica, e cinco anos de inelegibilidade com efeito imediato, o que a impossibilita de se candidatar às eleições Presidenciais de 2027. A ex-líder do União nacional tem também uma multa de 100.000 euros.
Le Pen não reagiu bem ao anuncio da sentença e saiu do tribunal antes de ser declarado por quanto tempo tem esta pena, ficando impedida, para já, de se candidatar à Presidência francesa.
“Parece necessário combinar sentenças de inelegibilidade com execução provisória”, declarou o presidente do tribunal, Bénédicte de Perthuis. “Trata-se de garantir que os representantes eleitos, tal como todos os que estão sujeitos à lei, não beneficiam de um regime preferencial”.
A condenação lança dúvidas sobre o futuro político da principal figura da extrema-direita francesa, que deixou a sala de audiências e o Palácio da Justiça de Paris antes de serem anunciados todos os pormenores da sua sentença.
A sentença ainda está a ser lida, mas Le Pen e os eurodeputados envolvidos foram considerados culpados de, entre 2009 e 2014, terem contratado assistentes para o Parlamento em Estrasburgo, pagos com fundos europeus, mas que acabavam por trabalhar apenas para o partido em Paris.
O tribunal comprovou que houve 2,9 milhões de euros de desvio de dinheiros públicos, fundos do Parlamento Europeu.
Apesar de ser considerada culpada, falta ainda saber a sentença final de Le Pen, que pode chegar a cinco anos de prisão com dois de cadeia efetiva mais uma multa de 300 mil euros e a inelegibilidade imediata – que pode levar a líder da extrema-direita francesa a não se candidatar às eleições Presidenciais de 2027.
Os doze assistentes julgados também foram considerados culpados de receção de bens roubados. O tribunal estimou que o dano total foi de 2,9 milhões de euros, ao fazer com que o Parlamento Europeu “assumisse o controlo de pessoas que, na verdade, trabalhavam para o partido de extrema direita”, de acordo com o Le Monde.
A líder de extrema-direita poderá enfrentar uma sentença de cinco anos de inelegibilidade com execução provisória, o que poderá impedir Le Pen de concorrer às eleições presidenciais de 2027.