Pena de inelegibilidade”. Marine Le Pen considera condenação “uma decisão política

Entrevistada no noticiário das 20h da TF1, Marine Le Pen considerou “um dia desastroso” para “todos aqueles que defendem a democracia e o Estado de direito”, denunciando “uma violação do Estado de direito”. “O presidente do tribunal condenou sem fundamento o favorito das eleições presidenciais”, afirmou.

Questionada sobre o recurso, Le Pen confirmou que vai recorrer “o mais rapidamente possível”. “Vou recorrer porque estou inocente”, afirmou.

A líder do Rassemblement National disse estar escandalizada e indignada e lamentou a decisão da justiça francesa que a eliminou da corrida presidencial. “Eu fui eliminada, mas [na verdade] foram os votos de milhões de franceses que foram eliminados”.

Sobre a hipótese Jordan Bardella para a candidatura às presidenciais em 2027, Marine Le Pen espera não ter que vir a utilizar o “trunfo” do Rassemblement National mais cedo do que previsto. “Jordan Bardella é um enorme trunfo para o partido. Espero que não tenhamos de utilizar este ativo mais cedo do que previsto”. “Não me vou deixar eliminar assim (…) Milhões de franceses acreditam em mim”, afirmou Marine Le Pen.

Sobre uma eventual inversão dos papéis com o jovem líder da extrema-direita, Le Pen não se vê como primeira-ministra de Jordan Bardella: “Não estou disposta a submeter-me a uma negação tão fácil da democracia”, afirmou. “Não me vou deixar eliminar assim, há um caminho, é estreito, mas existe. Milhões de franceses acreditam em mim”, concluiu.

Após a condenação de Marine Le Pen, o Rassemblement National anunciou uma petição, que estará disponível a partir de terça-feira, para “salvar a democracia” e “apoiar Marine (Le Pen)”. “Aos milhões de franceses que são apoiantes do RN e de Marine, não deixem que nos confisquem a liberdade”, escreveu Bardella na rede social X.

Em nome do partido, Jordan Bardella assumiu estar “em choque” com a decisão da justiça que considerou ser, “brutal, injusta e antidemocrática” e apelou a uma mobilização popular e pacífica, prometendo uma forte presença no terreno nas próximas semanas. “Àqueles que querem virar a página da democria, vamos mostrar-vos que a vontade do povo é mais forte”, afirmou.