“O crime, tenha ele a dimensão que tenha, é sempre negativo e por isso temos de ter uma resposta para a criminalidade e para a segurança interna que não se limite a celebrar o facto de o país ser um dos países mais seguros do mundo”, explicou o secretário-geral do PS.

O líder partidário quis destacar que o PS “teve ao longo da história momentos cruciais de reformas da segurança interna” e que também agora tem “um papel muito importante a dar”.

“Isso não significa que, no quadro da segurança interna, não haja lugar e espaço para intervenções mais musculadas, que fazem parte, obviamente, de uma arquitetura de segurança”, defendeu.

Pedro Nuno Santos aproveitou para acusar o Governo da Aliança Democrática de “apropriar-se do trabalho e da imagem das forças de segurança” no último ano, não se referindo diretamente ao caso da polémica operação policial na zona do Martim Moniz, em Lisboa, em dezembro do ano passado.

“Chegámos mesmo a ter um ministro da Presidência a anunciar operações policiais, dizendo mesmo, julgo eu, que foram dadas orientações”, acrescentou.

Assim sendo, o líder do PS defendeu que a atuação das forças de segurança deve ser “independente, autónoma” e que “em nenhum momento deve ser apropriada pelos atores políticos, como nós infelizmente assistimos nos últimos meses”.