Apesar da instabilidade mundial, o primeiro-ministro afirmou que “Portugal está bem e recomenda-se”, com estabilidade económica e financeira e sem estabilidade política roubada pela oposição. Luís Montenegro acusou a oposição política de se ter juntado para tirar a estabilidade ao país e empurrado os portugueses para eleições antecipadas.
“O mundo mudou e está instável”, observou Montenegro. “A pressão do exterior é enorme e é importante termos sentido de responsabilidade, de realismo e de fazer o interesse coletivo face a qualquer outro interesse”, considerou.
“Se as políticas seguidas forem invertidas os resultados vão piorar”, garantiu Montenegro, apelando ao voto de confiança dos portugueses para continuar a governar o país.
Apesar de considerar que a AD tem “os pés na terra” e “não promete mundos e fundos” aos portugueses, ao contrário da oposição, Luís Montenegro anunciou um programa eleitoral com “ambição, realismo e responsabidade” que promete o aumento dos salários, a redução imediata de impostos sobre os rendimentos do trabalho e um investimento em Defesa.
Descida dos impostos
De acordo com o programa eleitoral da AD – Coligação PSD-CDS mantém-se a previsão de excedente orçamental de 0,3% para este ano, que já estava no Orçamento do Estado para 2025, e de 0,1% para o próximo ano.
Para 2027, a AD espera um saldo positivo nas contas de 0,3%, para 2028 de 0,2% e para 2029 de 0,3%.
Para ajudar ao crescimento, Montenegro prometeu uma redução dos impostos sobre o
rendimento, em especial para a classe média, num valor equivalente a dois mil milhões de euros, dos quais
500 milhões já no próximo ano.
cento para pequenas e médias empresas (PME), inferior à redução
prometida no programa de 2024 que previa uma redução de 21 para 15 por
cento em três anos até 2028 (ao ritmo de dois pontos percentuais por
ano).
O primeiro-ministro prometeu também na reeleição mudar as regras de contratação pública, considerando que são “mais” e que “não podem bloquear”, deixar “parados” ou “suspensos”, os investimentos públicos.
Aumento dos salários
e do médio para os 2.000 euros até ao final da próxima legislatura,
assim como que nenhum pensionista ganhe menos de 870 euros em 2029.
Investimento em Defesa
O presidente do PSD anunciou que o Governo da Aliança Democrática prevê um investimento em defesa que pretende dinamizar a economia portuguesa e ter um retorno económico “sem prejudicar em nada toda a despesa e todo o investimento” nas políticas públicas.
“Vamos investir mais na área da defesa por responsabilidade nacional
mas também por compromissos com os nossos aliados e parceiros da União
Europeia (UE)”, afirmou Luís Montenegro.
O primeiro-ministro disse que a AD não confunde despesa com investimento e que a estratégia passa por dinamizar a economia através da criação de indústrias conexas à defesa, como indústrias dos componentes, dos moldes ou ainda do têxtil.
“Nós não confundimos despesa com investimento, nós alocamos recursos financeiros mas não passamos cheques apenas para comprar material”, afirmou.
Combate à criminalidade
alterar as leis penais para que crimes graves e violentos possam ter
julgamento sumário e rápido, e prometeu reforçar o policiamento de
proximidade.
“Vamos prosseguir o esforço de reforço de
policiamento de proximidade e de combate à criminalidade mais grave e
violenta, nomeadamente nos centros urbanos”, declarou.
Depois, avançou com uma medida nova em matéria de combate à criminalidade grave e violenta.
Habitação, imigração e saúde
Quanto à habitação pública, e depois de lançar farpas sobre acusações que nem sempre se justificam, Luís Montenegro revelou que a coligação tem como objetivo, para a próxima legislatura, de “garantir o financiamento a todas as estratégias locais de habitação promovidas pelos municípios portugueses”, que, ao dia de hoje, incorporam a construção de 136 mil novas habitações.
Sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o líder do PSD considerou que “o nosso SNS está mais robusto” e “é mais eficiente do que era há um ano atrás”, referindo o propósito de reforçar a rede de USF e, na medicina familiar, apostar no reforço dos cuidados materno-infantis e nos serviços de urgência.
Luís Montenegro concluiu o que será o estribilho da campanha da AD, que “Portugal está bem e recomenda-se mas nada está garantido” e “Portugal não pode parar”.