Em resposta à RTP, a ULS São José nega que tenha havido “qualquer momento crítico” na prestação de cuidados durante o apagão nas suas unidades, o que inclui a Maternidade Alfredo da Costa.

A ULS São José adianta que “a capacidade do depósito de combustível do gerador” da Maternidade é “de 400 litros”, destacando que é um “edifício centenário”. “Com o depósito cheio” a maternidade tem energia “para aproximadamente cinco horas, dependendo do consumo”, acrescenta a ULS na resposta à RTP.

“Na segunda-feira, na sequência da falha de energia, esse consumo foi reduzido em zonas não prioritárias, tendo sido solicitado, com urgência, o abastecimento de combustível para manter o grupo gerador em funcionamento”, admite a unidade local de saúde.

Admite que “a maior dificuldade” foi encontrada “no transporte do combustível para a maternidade”, situação “que foi ultrapassada em tempo útil”.

Quando a informação chegou ao Conselho de Ministros, esteve em aberto a possibilidade de ordenar aos motoristas dos ministros que levassem o combustível que tinham nos automóveis, admitiu o ministro. Essa solução acabou por não ser necesária e foi usada outra fonte.

Esta revelação surgiu no Jornal da Tarde da RTP, no contexto da antecipação do debate desta quarta-feira entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. Castro Almeida falava em representação do PSD, enquanto António Mendonça Mendes interveio em representação do PS.

“Esse assunto esteve no centro das preocupações do primeiro-ministro (…) porque tínhamos a notícia que a Maternidade Alfredo da Costa tinha gasóleo para alimentar geradores por (…) mais uma hora”, revelou Castro Almeida.

O ministro acrescenta que os motoristas chegaram a comprar e levar combustível até à Maternidade. Quando chegaram ao local, já tinham sido encontradas outras soluções.