O guia de pesca e caça Joaquim Jonqueres, francês de 36 anos, bateu um recorde nesta semana ao capturar o maior siluro já registrado em Portugal — um peixe de água doce tradicional na Europa. Joaquim decidiu tentar a pesca depois de avistar um exemplar gigante no rio Pônsul no dia anterior, mas não imaginava que conseguiria fisgar, no dia seguinte, um animal de 102 quilos e 2,33 metros de comprimento.
“Quando o vi, pensei que era minha obrigação caçá-lo”, contou nesta sexta-feira ao JN, de Portugal, o empresário e guia de caça e pesca. No mesmo dia, preparou seu equipamento. No início da tarde do domingo, Joaquim voltou a avistar o peixe nadando nas águas do rio Tejo, próximo à sua residência na província de Castelo Branco.
“Fui pela margem e, quando o vi, tive que entrar na água — o rio estava baixo, com cerca de um metro e meio de profundidade — ideal para lançar o isco com precisão”, explicou.
Ele relatou que só conseguiu capturar o peixe após cerca de oito tentativas, quando finalmente fisgou o animal com o isco artificial branco de 25 centímetros. “A partir daí foi uma luta dura, que durou cerca de 30 minutos. Eu soltava linha — cerca de 25 metros — e depois puxava, repetindo isso várias vezes. Achei que o ia perder, especialmente quando saltava e colocava a cabeça para fora d’água”, relatou Joaquim ao JN.
Depois de amarrar o peixe com uma corda, ele garantiu que não o soltaria mais, mas destacou que a maior dificuldade foi retirá-lo da água. “Chamei minha mulher e dois amigos, e só com a ajuda deles conseguimos trazê-lo para terra firme. Era enorme, mesmo para mim, que tenho 1,91 de altura”, comparou. “Já pesquei centenas de peixes, muitos siluros, um deles com 1,85 metro e cerca de 60 quilos, mas nunca enfrentei um tão resistente e grande quanto este.”
O pescador disse ao JN que, pela sua experiência, o peixe deve ter entre 16 e 17 anos. Para ele, é provável que existam siluros ainda maiores no rio Pônsul. “Este recorde será ultrapassado em breve”, acredita. Joaquim afirmou ainda que sua façanha busca incentivar o turismo de pesca na região de Castelo Branco, “como acontece na França e na Espanha, onde a pesca de siluros atrai muitas pessoas e movimenta a economia local.”
Ele garante que a pesca não foi em vão. “É para comer. É muito bom, quase não tem espinhas”, afirmou ao programa português Correio da Manhã.