A conclusão é do estudo “Capital de Risco e o SIFIDE – Avaliação do Impacto Económico em Portugal”, realizado pela Investors Portugal e pela Universidade Nova de Lisboa.

As primeiras estimativas do estudo “Capital de Risco e o SIFIDE em Portugal – Avaliação do Impacto Económico”, realizado pela Investors Portugal (Associação Portuguesa dos Investidores em Early Stage), em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, e divulgado recentemente, mostram que cada 100 milhões de euros investidos em capital de risco podem ter um efeito multiplicador permanente de 0,22% no PIB nacional e de 0,16% no investimento.

Além disso, o estudo estima ainda que o mesmo montante investido através de fundos SIFIDE possa ter um impacto igual ou superior, uma vez que estes fundos são obrigados a investir grandes volumes do capital mobilizado em empresas com uma componente significativa de Investigação e Desenvolvimento (I&D).

As conclusões iniciais deste estudo, que ainda está em fase de desenvolvimento, evidenciam que o investimento em capital de risco em Portugal representa menos de 0.05% do investimento total registado no país e ainda que é bastante baixo em relação ao PIB, correspondendo a menos de 0.01% do mesmo, de acordo com dados recentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Lurdes Gramaxo, presidente da Investors Portugal, afirmou que “estes dados preliminares revelam que o peso do investimento em capital de risco na economia portuguesa se encontra muito abaixo do verificado nos ecossistemas mais maduros e mais desenvolvidos na Europa”. Referiu ainda que “de acordo com as estimativas, podemos compreender que o investimento em capital de risco é crucial para impulsionar não só o ecossistema empreendedor e da inovação em Portugal, mas sobretudo para alavancar o crescimento da economia nacional. A Investors Portugal, enquanto agregadora do ecossistema early stage no país, apela, por isso, à aposta em políticas públicas que incentivem o investimento em capital de risco, de modo a posicionar Portugal como um ecossistema competitivo e sustentável”.

A 4.ª edição do Investors Portugal Dinner, durante a qual foram antecipadas estas conclusões, foi também palco para a discutir o papel do ecossistema português na promoção e desenvolvimento de tecnologias dual-purpose, sobretudo ligadas à defesa, assim como para reconhecer os protagonistas desta indústria.

E  nesta edição foram distinguidas a Sword Health, com o prémio “Investment of the Year 2024”; a Bynd Venture Capital com o prémio “Early Stage Investor of the Year 2024”; a Oceano Fresco com o “ESG Award of the Year 2024”; e Diogo Mónica, engenheiro, empreendedor e business angel português, co-fundador da Anchorage Digital, partner da Haun e chairman NEAR Foundation, com o prémio “Angel of the Year 2024”.