Questionado sobre a reforma do Estado a que o primeiro-ministro Luís Montenegro tem dado ênfase, Marcelo respondeu que “falar na reforma de Estado é fácil, fazer é muito difícil”.
“Há uma que é fundamental, que é digitalizar”, insistiu. “Há ministérios que têm dezenas, para não dizer centenas, de sistemas de digitalização diferentes, com contratos diferentes”.
O chefe de Estado deu o exemplo de ministérios em que “cada Direção-Geral, cada Inspeção-Geral, cada direção de serviços tem o seu contrato de digitalização. Isto não pode ser, em termos de economia de custos e em termos de coordenação”.
“É por isso que entra um especialista da Google para tratar disso”, acrescentou, referindo-se ao secretário de Estado para a Transição Digital no Ministério da Reforma do Estado, Bernardo Correia, que foi até agora diretor-geral da Google Portugal.
Quanto ao novo ministro da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, “tem de coordenar as duas coisas”, defendeu Marcelo.
“A outra parte é reformar as leis sobre o Estado e o funcionamento do Estado, o que implica nomeadamente o Governo apresentar ao Parlamento talvez uma nova lei sobre contratos administrativos”, considerou o presidente.