Desde 12 de abril, Irão e Estados Unidos realizaram cinco rondas de negociações indiretas, com mediação de Omã, apesar de desacordos significativos sobre o programa de enriquecimento de urânio iraniano, que Washington procura travar.

A mais recente ronda de negociações teve lugar em 23 de maio e estava prevista uma nova sessão para este domingo, 15 de junho, em Mascate, agora incerta na sequência dos ataques israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas.

Em resposta, o Irão lançou na noite de sexta-feira, dia 13, pelo menos três mísseis contra Telavive, provocando três mortos e cerca de 38 feridos, segundo a imprensa israelita.

Nos bombardeamentos que visaram cerca de uma centena de alvos iranianos, morreram o comandante-chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salamí, e o chefe da Força Aeroespacial da mesma corporação, general Amir Ali Hajizadeh, entre outros responsáveis militares.

Já este sábado, o Irão confirmou mais dois generais de topo mortos. A televisão pública iraniana identificou as vítimas como o general Gholamreza Mehrabi, adjunto da chefia de informações do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Mehdi Rabbani, vice-chefe das operações, sem especificar onde estes responsáveis morreram.

Além disso, a televisão estatal iraniana noticiou ainda que um dos ataques israelitas de sexta-feira a Teerão causou a morte de pelo menos 60 pessoas, incluindo 20 crianças, depois de ter atingido um edifício residencial ligado ao Ministério da Defesa.

Pelo menos um míssil atingiu o complexo residencial Shahid Chamran, onde se situam os apartamentos dos funcionários do ministério, destruindo-o parcialmente no nordeste da capital, de acordo com a Press TV, o canal internacional em inglês e francês da agência estatal iraniana Iranian Broadcasting Corporation (IRIB).

Ao todo, os ataques causaram 78 mortos e deixaram 320 feridos.

Entre os alvos israelitas atingidos destacam-se a principal central de enriquecimento de urânio do Irão, em Natanz — que sofreu danos —, bem como a instalação de Fordó, além de bases aéreas e militares.

Israel iniciou na madrugada de sexta-feira, 13, uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares.

Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

O Irão retaliou lançando centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre os céus das cidades de Telavive e Jerusalém.