Os dados do primeiro trimestre de 2025 da Eurofinas, federação que representa as empresas do setor europeu do crédito ao consumo, revelam que Portugal foi um dos países com maior crescimento homólogo no crédito ao consumo.
De acordo com o comunicado de imprensa da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), que cita os dados da Eurofinas, nos segmentos de crédito pessoal, crédito revolving e cartões de crédito, bem como no total do crédito ao consumo (excluindo crédito automóvel), Portugal surge entre os três países com os valores mais elevados.
 
Já no crédito automóvel, ocupa a quarta posição no financiamento de veículos novos e a sexta quando considerados novos e usados em conjunto.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2024, Portugal registou um crescimento de 21,3% no crédito pessoal. No crédito revolving e em cartões de crédito, a subida foi de 9,3%, enquanto o crédito ao consumo total (excluindo crédito automóvel) aumentou 12,8%.
 
A nível global, a produção de crédito ao consumo nos países membros da Eurofinas registou um aumento de 5,5% no primeiro trimestre de 2025, face ao mesmo período do ano anterior. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelos segmentos de crédito para veículos novos (+11,8%) e crédito pessoal (+10,1%).
No segmento de veículos novos, a Turquia registou o maior aumento (+61,7%), seguida de Marrocos (+52,6%) e da Dinamarca (+32,2%). Portugal surge na quarta posição, com um crescimento de 21,9%. Já no mercado de veículos usados, a liderança coube à República Checa (+18,6%), seguida da Dinamarca (+12,5%) e de Itália (+6,8%).
 
Duarte Gomes Pereira, secretário-geral da ASFAC, considera que é positivo “ver o desenvolvimento dos Associados da ASFAC em linha com os países com melhores prestações na UE, através do desenvolvimento do crédito, apoio às famílias e à economia, sempre acompanhado de um excelente controlo do incumprimento, que mantém níveis historicamente baixos”.
E continua: “quanto ao aumento de crédito concedido, resulta em grande parte do aumento dos preços dos bens financiados, que leva a que o valor emprestado seja também ele maior”.