A reunião extraordinária começa às 9h30 da manhã e vai ser fechada à comunicação social. Deverão ser discutidas medidas de apoio às vítimas e familiares, bem como o apuramento das causas e responsabilidades.
O vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, disse aos jornalistas que “não é o tempo da análise política”, respondendo a questões sobre eventuais demissões na autarquia.
Anunciou o que vai ser discutido e, provavelmente, aprovado na reunião de hoje, nomeadamente um fundo municipal de apoio às vítimas, uma proposta de homenagem ao guarda-freio que morreu no acidente, a disponibilização de todos os documentos do processo num portal e a criação de uma equipa para a concepção de um novo sistema tecnológico para o funcionamento dos elevadores, que dê “garantias inequívocas de segurança”.
Considerou que, da parte da Câmara, a posição é a de que o elevador só poderá voltar a funcionar quando forem dadas “respostas inequívocas que tranquilizem a cidade e o país sobre o seu funcionamento”. Demissão se ficar provado erro
O próprio chefe do executivo camarário já veio dizer que só se demite se ficar provado que houve um erro político com influência na manutenção do Elevador da Glória.
Em entrevista à SIC, Carlos Moedas afirmou até que alguém se demitir é uma cobardia.
Carlos Moedas defende-se de comparações com os casos em que exigiu a demissão de Fernando Medina
Elogiou também a atitude de Jorge Coelho na queda da Ponte de Entre os Rios, mas diz que ao, contrário desse caso, não lhe chegou ao gabinete nenhuma informação sobre problemas de segurança com o elevador da Glória.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa faz ainda acusações a um PS: lamenta o cinismo de Alexandra Leitão, que diz ser dissimulada ao enviar “sicários” como Pedro Nuno Santos para o atacar.
Alexandra Leitão reagiu à entrevista de Carlos Moedas. Acusa o adversário de só saber fazer política com recurso a ataques pessoais
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A candidata socialista começa por escrever que quem ouve Carlos Moedas falar até fica com ideia que ele foi a primeira vítima do trágico acidente, mas não foi”.
Alexandra Leitão acrescenta que a entrevista de Moedas foi um exercício de desculpabilização pouco digno de um responsável político.
Considera que o autarca não apresentou quaisquer medidas para ajudar as vítimas ou restaurar a confiança nas infraestruturas da cidade. Já antes, Alexandra Leitão tinha acusado Moedas de se esconder e de faltar à cidade.