Trabalhadores da Geração Z ficam “pouco tempo” nas empresas

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  1. Pudera. Só há aumento de salário significativo quando se muda de emprego.

  2. E depois? O trabalhador não é suposto tentar obter o melhor retorno pelo tempo e esforço que gasta da mesma maneira que a empresa tenta maximizar o lucro, dentro do possível?

    Bem vindos ao capitalismo, se o trabalhador tem a oportunidade de obter algo mais atractivo mudando de empresa porque é que não há de a aproveitar? 

  3. Ah o bom velho, “os jovens de hoje em dia”.

    Já há muito tempo que a verdadeira progressão é diagonal, mas em vez de corrigir isso as empresas preferem culpar aqueles que não se querem sacrificar em retorno de nada.

  4. Se a empresa onde estiverem lhes desse perspetivas de progressão… mas não dá. Hoje só se progride ao mudar de empresa.
    (para além de que a malta mais nova não está para aturar chefes com manias. e muito bem!)

  5. Engraçado como esta conversa é sempre colocada do lado dos trabalhadores.
    Mas raramente se vira a pergunta ao contrário: porque é que tantas empresas não conseguem reter pessoas jovens?

    Se olharmos para as condições oferecidas, a resposta é óbvia: salários de entrada muitas vezes abaixo do custo de vida, contratos precários ou de curta duração, quase nenhuma perspetiva de progressão, e uma cultura de trabalho presa a modelos ultrapassados, horários rígidos, pouca flexibilidade e gestores que olham para trabalhadores como uma “despesa” em vez de um investimento.

    Não é que a Geração Z seja “instável”. É que as empresas oferecem pouco e esperam muito. Antigamente, havia razões para ficar: progressão interna clara, salários que permitiam estabilidade e até a compra de uma casa. Hoje, ficar demasiado tempo num sítio pode significar estagnação.

    Portanto, não é que os jovens não sejam fiéis. É que a fidelidade tem de ser recíproca. E muitas empresas não estão a dar nada em troca.

  6. Deve ser o tal aumento da flexibilização do mercado de trabalho que andamos a ouvir falar durante uns anos. Está a correr bem então /s

  7. É uma faca de dois legumes.

    Uma boa parte do problema que eu proprio assisto, também é o facto de criarem espectativas irrealistas da progressão. Vejo muito jovem que entra e está á espera de ser Chefe ou Gerente ao fim de 6 meses sem ter feito um mínimo esforço além do mínimo pedido.

    Ponto 1 – A maioria não tem perfil para chefe e gerir pessoas.

    Não se relacionam com os colegas de trabalho porque não estão cá pra fazer amigos. Muita gente não tem noção que basta subir um degrau na escada para as funções serem mais relacionadas com pessoas do que com propriamente um trabalho palpável

    Não fazem um mínímo esforço além do estrictamente definido no contrato. E claro, quando não são promovidos vão embora… Pra não falar que muitos nem sequer querem passar a chefe ou gerentes. Querem ganhar mais, sem aumento de responsabilidade, mas queixam-se que a carreira estagna… Não lidam bem com stress.

    Para clarificar, eu concordo plenamente que se deva impor limites e separação entre vida e trabalho, mas nem 8 nem 80… Há sempre um grau mínimo de flexibilidade que se tem de ter…

    Ponto 2 – não há lugares de gerência que cheguem pra todos…

  8. Hoje tens diversas oportunidades para mudar para melhor a ganhar mais ou com melhores condições!
    Antigamente nao havia tanta gente com formação e tinham que se resignar ao que havia!
    Se o Manel oferece me 100€ e o João oferece 200€ a fazer o mesmo obviamente que escolho onde pagam mais.
    E atualmente somos apenas as 1 número numa empresa, raras sao as empresas que valorizam o trabalhador o que nao era assim Antigamente….
    E é isto simples….

  9. A Gen Z pode ter muitos defeitos, mas neste ponto estão cobertos de razão!

    Podíamos falar das expectativas irrealistas de boa parte da Gen Z, mas acaba por não ser o caso!! As expectativas param de ser irrealistas quando, por exemplo, pedem 150€ de aumento e recebem um não, mas, de seguida, vão buscar alguém com o mesmo perfil (experiência) por mais 250€!!!

    É que, para humilhar mais, ainda têm de fazer on-boarding a esse pessoal!!

    Nota: isto não é nada novo….simplesmente a paciência acabou! Simplesmente as empresas criaram um ambiente em que em nada justifica “criar carreira” (excepto cargos mais elevados – algo a partir de mid senior +)

  10. Fazem eles muito bem. Velhos ingénuos temos muitos e se for para trabalhar para aquecer que trabalhem os patrões!

  11. Mais patrões a chorar com as consequências das suas ações.

  12. Man, eu sinceramente acho que talvez conheca uma unica pessoa na minha vida que foi promovida em Portugal

  13. Buli com um rapaz numa agências criativas disruptivas que sabia milhões de modelação 3D e o guru do LinkedIN pagou-lhe durante 3 meses como estagiário. Ele era deslocado do interior e meio-banana e fazia de tudo.

    Nesse período experimental ganhou o calo que precisava bazou e foi fazer projetos internacionais para outro lado. Desse sítio nunca saiu. Curioso.

  14. Se calhar se se ataquessem os vinculos precarios e se promovesse a contratação coletiva (para progressão na carreira), ao contrário do que os ultimos governos têm feito, a realidade era outra

  15. Estudo da Randstad – Empresa de trabalho temporário.

    Certo. Entre empregos para os quais a progressão de carreira é sinónimo de “+ trabalho, mesmo salário”, e os que têm contratos de duração reduzida sem perspectiva de efetividade, não me chocam muito esses resultados.

  16. Por que não? A verdade é que há apenas uma forma de conseguir um aumento salarial significativo: mudar de empresa.
    Em cinco anos, passei de 2.200€ para 4.800€, e a partir de novembro, vou ganhar 7.000€.
    Se tivesse ficado na mesma empresa, provavelmente estaria nos 2.500€, com sorte. Se as empresas querem reter os colaboradores, então que paguem o que eles realmente merecem.

  17. Não se esqueçam que os grandes grupos empregadores não querem que os garotos fiquem efetivos, gostam de rodar malta nova ao fim de 2 renovações.

    Não admira.

    Mudem lá a lei, se alguém trabalha 1 ano na mesma empresa vai sofrer uma “não renovação” porquê se vai meter alguém no mesmo posto?

  18. Por isso é que se chama uma equipa “jovem e dinâmica”! LOL

  19. Trabalhadores Gen Z cumprem o horário estipulado no contrato e se aparecer um melhor, seguem para esse*

  20. Eu sou Millennial e já fiz isto várias vezes. Aliás, foi apenas devido ao COVID que fui despedido: das outras vezes fui sempre eu que saí. Mas confesso que para a minha geração ainda era mal visto.

    E a questão não é só salários: eu sofri bullying à frente de toda a gente sem que ninguém fizesse nada, tive o meu trabalho desvalorizado, vi os lambe-botas a serem premiados, fizeram-me crer que o salário era quase uma caridade que me davam, como se eu não estivesse a contribuir para o lucro deles.

    Infelizmente, as empresas vão sempre procurar maneiras de vencer, e muitos de nós devido à necessidade de ter um salário, temos que aturar situações injustas. Mas pelo menos é bom ver que a nova geração lhes dá luta.

  21. Uma pergunta és um bot? É que para uma conta com um mês tens uma atividade fora do normal…..

  22. Parece-me algo positivo. Ganham mais dinheiro, conhecem mais realidades (e como tal conseguem perceber alternativas a fazer coisas de forma differente e melhor), e ficam melhor trabalhadores. Para as empresas tb é bom – ganham boas praticas vindas de fora, provavelmente melhores profissionais e por aí a fora. Obriga os gestores a serem melhor e a saber liderar (em vez de mandar) – que é bom para a empresa tb. Só coisas boas!

  23. Esperem até que saiam de casa dos pais, até terem filhos ou outros compromissos.

    provavelmente emigram.. mas pronto… 🙂

  24. E fazem(os) muito bem!

    A minha única lealdade é comigo mesmo.

    Saltar da empresa anterior para a atual foi talvez a melhor escolha que fiz na vida.

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