Melhor em campo: Froholdt (7)

Sim, Mora teve uma noite heroica, Pepê fez uma assistência fundamental e Gabri Veiga o passe rasgado que indicou ao FC Porto o caminho da vitória. Mas Froholdt foi o estímulo que o dragão tanto necessitava para despertar das trevas, após um início de jogo tão prometedor — talvez demasiado prometedor, dando a sensação de que, mesmo sem correrem muito, os azuis e brancos seriam capazes de derrotar facilmente o E. Vermelha. Um engano. O adversário cresceu, marcou um golo e ameaçou marcar outro. Farioli reagiu e lançou a locomotiva nórdica para uma viagem alimentada por mais octanas, com paragem em estações para recolha de passageiros mais habilitados a quebrar a resistência do campeão sérvio.

5 DIOGO COSTA — Hesitação quase fatal numa saída da baliza — Ivanic, com demasiada liberdade, cabeceou com perigo, ligeiramente por cima da trave (22’). Ainda apanhou um valente susto num cabeceamento poderoso de Arnautovic, mas a noite foi mesmo assim: mais sustos que trabalho efetivo.

5 MARTIM FERNANDES — Titular, como esperado, num jogo algo ingrato. Não atacou tanto a linha como gosta, embora tenha mantido a qualidade nos cruzamentos. No lance do golo dos sérvios, fez o corte necessário, mas Alarcón não acompanhou bem o desenrolar do lance. 

6 BEDNAREK — A gestão de Farioli foi além da simples composição da equipa. Bednarek descansou na segunda parte, após 45 minutos ao lado de Prpic como novo parceiro. Apesar disso, o FC Porto não perdeu a sua sólida matriz defensiva. Bednarek comandou bem o setor, com os erros a surgirem de um coletivo menos mecanizado e sem a habitual intensidade que intimida os adversários. 

6 PRPIC — Envolveu-se em duelos intensos com Arnautovic, incluindo uma cotovelada feia que lhe causou sangramento abundante – sem qualquer cartão mostrado ao atacante austríaco. Manteve a balança equilibrada nos confrontos, alternando entre vitórias e poucas derrotas. 

5 ZAIDU — Muito castigado com faltas, o nigeriano não esteve mal a defender os seus domínios até o cansaço o dominar. Na parte final comprometeu num lance que podia ter dado golo para o E. Vermelha. Raramente trouxe algo de cativante em termos atacantes. Não pareceu confiante para explorar o corredor esquerdo.  

5 PABLO ROSARIO — Muitos equívocos e leituras precipitadas do dominicano, que não entrou mal, mas caiu de produção na exata medida em que o Estrela Vermelha crescia. Recuou para central na 2.ª parte e estorvou Bruno Duarte quando o avançado, em zona promissora, ameaçava fazer golo.  

5 EUSTÁQUIO — Não pareceu estar ao seu nível físico habitual, o que é natural, pois falhou o jogo com o Arouca por indisposição. Compensou com muita entrega.  

7 RODRIGO MORA — Demonstrou iniciativa ofensiva, tentando bater Matheus de ângulo impossível e procurando o golo num remate em arco perto do intervalo. Contudo, cometeu a falta que originou o golo dos sérvios numa zona perigosa. Defensivamente, não esteve particularmente feliz, mas esforçou-se no ataque, isolando-se na abertura da segunda parte, mas com Matheus a opor-se muito bem. Terminou o jogo como avançado móvel após a saída de Gul e foi nessa posição que apontou o golo da vitória.  

6 WILLIAM GOMES — Entrou cedo em ação ao converter, como mandam as regras, o penálti que colocou o FC Porto em vantagem.  Teve outros momentos positivos até sair aos 61’, mas foi bem marcado pelos sérvios. 

5 DENIZ GUL — Aos sete minutos, foi agarrado na área por Tebo, quando já se preparava para finalizar. O penálti indiscutível trouxe maior conforto ao FC Porto, embora temporário. Levou perigo à baliza de Matheus, mas o guarda-redes respondeu com uma boa defesa.

 4 ALARCÓN — Começou o jogo com dinamismo e boas ideias, procurando combinações com Gul e Mora. Contudo, a sua inexperiência e pouca vocação defensiva ficaram evidentes no golo de Kostov: em vez de atacar a bola aliviada por Martim Fernandes, limitou-se a assistir ao belíssimo golo do jovem sérvio de 17 anos. 

6 ALBERTO — Independentemente do rendimento de Martim entraria sempre para ganhar minutos para o clássico com o Benfica. Deu mais largura ao ataque.  

7 PEPÊ — Entrou e logo se notou a diferença num aspeto essencial: a objetividade. Recebeu belo passe de Gabri Veiga e, com calma e classe, convidou Mora a ser herói.  

6 BORJA SAINZ— Trouxe mais dinamismo e força ao lado esquerdo. 

7 GABRI VEIGA — Fantástico o passe a convocar a corrida de Pepê no segundo golo portista. É de craque.