A proposta de regulamentação conhecida como “Chat Control” levanta questões sérias sobre como equilibrar segurança e direitos fundamentais na era digital. A minha posição é clara: a monitorização massiva de comunicações privadas colide diretamente com o direito à privacidade, garantido pelo artigo 26.º da Constituição e também pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
Qualquer medida restritiva devia cumprir critérios de proporcionalidade, necessidade e adequação. Varrer todas as comunicações de todos os cidadãos não cumpre nada disso. É desproporcional e transforma pessoas cumpridoras da lei em suspeitos em potencial.
É pssível combater crimes graves, incluindo o abuso infantil, de forma direcionada, cirúrgica, sem pôr em risco a privacidade de milhões de pessoas. As forças policiais já têm ferramentas legais para investigar quando existe suspeita fundamentada.
Portugal deve defender uma internet livre e segura, sem soluções que nos conduzam a um estado de vigilância digital.Proteger as crianças é fundamental, mas os direitos fundamentais não são moeda de troca, mesmo com as melhores intenções
O que podemos fazer para mobilizar contra isto?
by NotSoSchrodinger
20 comments
Petição?
[Let’s stop the EU chat control! – stopchatcontrol.eu](https://stopchatcontrol.eu/)
Enviei email a todos os nossos deputados europeus e ainda à representação permanente há 2 semanas, para saber a posição deles e expressar o que me preocupa sobre isto. Nunca me responderam.
Mas o que podes fazer é continuar a chatear por email e/ou telefone.
As informações estão aqui: [https://fightchatcontrol.eu/](https://fightchatcontrol.eu/)
usar [https://fightchatcontrol.eu/](https://fightchatcontrol.eu/) para contactar diretamente os nossos deputados europeus
1 – Contacta os eurodeputados portugueses a mostrar as tuas preocupações e como é que queres que eles votem
2 – Contacta os grupos parlamentares do Parlamento Português a demonstrar a tua preocupação e para fazerem pressão dentro do partido
3 – Fala e partilha com quem te rodeia sobre isto
Mostra sempre o porquê de isto ser uma má ideia e que já temos leis para isto, melhores, que não estão a ser cumpridas/impostas.
De notar que isto é algo que está no conselho europeu
Caso passe, vai ser votado no parlam europeu, e das pessoas que conheço que trabalham lá, todas me dizem que é improvável que passe no parlamento.
Em último caso, se passar tudo, podemos sempre recorrer ao tribunal constitucional e ao tribunal dos direitos humanos.
Contactar os eurodeputados é igual a não fazer nada, porque eles têm interesse nisso, não estão lá para defender os interesses do povinho..
Como é que não se ouve 1 minuto sobre isto nas notícias?
Mil horas de diretos em incêndios com comentários de encher chouriços e absolutamente nada sobre alguma coisa consequente.
Estado de vigilância 100%. Isto seria crime se não fosse votado. E ninguém votou nisto quando foi para eleger estes deputados europeus
[deleted]
Acho piada que os politicos estão isentos desta vigilância.
Para quem quiser está aqui os emails dos nossos inúteis atualmente no parlamento da UE :
PS:
[francisco.assis@europarl.europa.eu](mailto:francisco.assis@europarl.europa.eu)
[isilda.gomes@europarl.europa.eu](mailto:isilda.gomes@europarl.europa.eu)
[bruno.goncalves@europarl.europa.eu](mailto:bruno.goncalves@europarl.europa.eu)
[sergio.goncalves@europarl.europa.eu](mailto:sergio.goncalves@europarl.europa.eu)
[ana.mendes@europarl.europa.eu](mailto:ana.mendes@europarl.europa.eu)
[andre.rodrigues@europarl.europa.eu](mailto:andre.rodrigues@europarl.europa.eu)
[carla.tavares@europarl.europa.eu](mailto:carla.tavares@europarl.europa.eu)
AD:
[sebastiao.bugalho@europarl.europa.eu](mailto:sebastiao.bugalho@europarl.europa.eu)
[paulo.cunha@europarl.europa.eu](mailto:paulo.cunha@europarl.europa.eu)
[paulo.cabral@europarl.europa.eu](mailto:paulo.cabral@europarl.europa.eu)
[sergio.humberto@europarl.europa.eu](mailto:sergio.humberto@europarl.europa.eu)
IL:
[joao.figueiredo@europarl.europa.eu](mailto:joao.figueiredo@europarl.europa.eu)
CDS-PP:
[ana.pedro@europarl.europa.eu](mailto:ana.pedro@europarl.europa.eu)
CHEGA:
[antonio.correa@europarl.europa.eu](mailto:antonio.correa@europarl.europa.eu)
[tiago.sa@europarl.europa.eu](mailto:tiago.sa@europarl.europa.eu)
É um estado de vigilância com a desculpa de proteger as criancinhas. O pior é que os Portugueses não são cultos o suficiente para verem isso e o que os políticos disserem, eles concordam
Em vez de estarmos aqui todos reunidos a discutir isto, acho q esta discussão devia estar nas ruas com cartazes. Q tal organizar uma manifestação? Claro, não vá alguém aproveitar e fazer m€rda.. Uma manifestação pacifica e dentro da lei.
Edit: mais não seja… Para chamar à atenção do resto do povo…
O que me assusta mais é que já partilhei isto com amigos e familiares, com a devida explicação..
E simplesmente não querem saber…
É estranho para quando se defende tanto o Abril e etc, e nisto que é um ataque grande à tua liberdade individual, simplesmente silêncio ou não querem saber..
Irónico
Agenda 2030 a chegar em peso, pesquisem.
E se em todas as postagens que os partidos, candidatos e eurodeputados fizessem spammassemos :
“Esta lei destrói a privacidade de milhões. Deputados, qual é a vossa posição? #NoChatControl”
E depois ter um contador público:
X dias sem resposta do X sobre o Chat Control.
E depois postar que estavam x dias sem resposta.
Preocupa quem tem o mínimo de consciência. Mas como está tudo preocupado mas é com tiktok e p**as e vinho verde nada acontece.
O mais preocupante é não haver uma única notícia na tv ou jornais sobre isto.
Eu na tentativa anterior do chat control enviei email para tudo o que comunicação social e nada. Nem resposta tive.
Claro que neste assunto o Ventura também não fala.
Já enviei e-mail na semana passada a todos os representantes tugas no parlamento obtive 0 resposta
**Emails deputados portugueses do Parlamento Europeu:** [https://pastebin.com/hctELEtr](https://pastebin.com/hctELEtr)
**Template email:**
Caro(a) Deputado(a) ao Parlamento Europeu,
Escrevo para expressar a minha profunda preocupação relativamente à proposta de legislação “Chat Control” (Regulamento CSAM), que está atualmente a ser reconsiderada sob a Presidência dinamarquesa do Conselho da UE.
Estou particularmente preocupado com os seguintes pontos:
* A proposta de legislação “Chat Control” representa uma violação sem precedentes do nosso direito fundamental à privacidade. A vigilância em massa de comunicações privadas é incompatível com o Artigo 7.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
* Quebrar a encriptação ponto-a-ponto é um atentado e uma ameaça ditatorial sem precedentes na UE contra a liberdade de expressão e democracia. Uma encriptação forte é essencial para a nossa segurança, liberdade pessoal e política.
* Esta proposta foi repetidamente rejeitada ou travada por instituições democráticas, com o Parlamento Europeu a votar contra a vigilância em massa e o Conselho incapaz de obter apoio maioritário durante mais de dois anos.
* Esta legislação prejudicaria a economia digital da UE, afastaria empresas tecnológicas e enfraqueceria a nossa competitividade face a regiões que protegem os direitos digitais e a inovação.
Apelo para que:
* Vote contra qualquer proposta que imponha a vigilância em massa de comunicações privadas
* Proteja a encriptação ponto-a-ponto e os direitos de privacidade digital
* Apoie abordagens direcionadas e baseadas em evidências para a proteção das crianças
* Assegure uma adequada fiscalização democrática desta legislação
A proposta atual não consegue equilibrar a proteção das crianças com os direitos fundamentais e estabeleceria um precedente perigoso para a vigilância digital na UE.
Agradeço a sua atenção a esta questão crítica.
Com os melhores cumprimentos,
[Nome]
Vou deixar e investir nos EUA e investir na Europa.
É a balada do costume. Ou é as criancinhas, ou o terrorismo, ou qualquer outra coisa. Assim estás logo protegido – qualquer crítica à medida? É porque não queres proteger as crianças, ou és um terrorista, ou qualquer outra coisa.
Finalmente, lmao @ malta que pensa seriamente que os urinalistas em Portugal escrevam algo que não venha aprovado pela central patronal.
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