O candidato presidencial voltou a visar o Governo ao contestar uma expressão utilizada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro: “Que raio de Portugal é esse?”, questionou.
O Almirante Henrique Gouveia e Melo durante a apresentação oficial da sua candidatura à Presidência da República, Lisboa, 29 de maio de 2025. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo lançou fortes críticas à expressão utilizada pelo Governo após a aprovação da lei da nacionalidade. Em entrevista ao podcast “Política com Assinatura”, da Antena 1, este candidato questionou o sentido da expressão “Portugal fica mais Portugal” para a seguir lançar a dúvida “que raio de Portugal é esse”.
“Portugal fica mais Portugal quando as grávidas não tiverem que parir na rua ou nas ambulâncias”, Gouveia e Melo responde assim ao Governo, nomeadamente ao ministro da Presidência António Leitão Amaro, que após a aprovação da lei da nacionalidade defendeu que “Portugal fica mais Portugal”.
Nesta entrevista, o candidato a Presidente da República, defende que Portugal mais Portugal será quando “os serviços públicos não falharem, quando houver confiança nos tribunais, quando as grávidas não tiverem que parir na rua ou nas ambulâncias, esse é que é Portugal mais Portugal”.
“O que é isso de Portugal mais Portugal? É eu andar enrolado a uma bandeira”, questiona, para logo a seguir dizer que “não aceito lições de patriotismo”. “Que raio de Portugal é esse?”, pergunta o candidato.
O ministro da Presidência, Leitão Amaro, defendeu no final de outubro que “Portugal fica mais Portugal” com a nova lei da nacionalidade e acusou o PS de ter uma fixação com o facilitismo.
No período de intervenções antes das votações da nova lei da nacionalidade, António Leitão Amaro considerou que “hoje Portugal fica mais Portugal” e que esta é uma das leis “mais importantes”, saindo do parlamento um texto “melhor do que aquele que entrou”.