O humorista Whindersson Nunes, de 30 anos, falou abertamente sobre momentos delicados de sua vida, como a perda do filho, João Miguel, fruto da antiga relação com Maria Lina, durante uma entrevista ao podcast “Parece Terapia”, apresentado pela psicóloga Pamela Magalhães. No bate-papo, o comediante refletiu sobre a dificuldade de enfrentar o luto e revelou como o silêncio, em algumas situações, pode ser mais acolhedor do que palavras.
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Ele mencionou um conceito que o marcou, conhecido como “silêncio judeu”, a ideia de apenas estar presente ao lado de alguém quando não há o que dizer. “Às vezes, só estar ali já é suficiente”, comentou.
Apesar de já ter superado a fase mais intensa da dor, Whindersson afirmou que ainda prefere passar por certos processos de forma reservada. “Fico bem sozinho. Não me incomoda a presença, mas aquela tentativa de me tirar de um momento que sei que preciso viver. Nem tudo precisa de alguém tentando resolver”, explicou.
O influenciador também relembrou o desconforto que sentiu com alguns comentários feitos após a morte do filho, que nasceu prematuramente com 22 semanas e faleceu dois dias depois. “Muita gente dizia: ‘Você vai ter outro, relaxa’. Como se o problema fosse simplesmente não ter uma criança. Mas eu queria aquele filho. João Miguel. Não era uma ausência genérica”, desabafou.
O artista ressaltou que construir uma nova família está nos seus planos, mas que isso não apaga o luto. “Já teria tido, para falar a verdade. Mas não é assim que funciona. A dor não desaparece porque você a substitui. Ela precisa ser vivida. E respeitada”, concluiu.