Os Estados Unidos entregaram ao Hamas, na semana passada, um plano com 20 pontos para pôr fim à guerra em Gaza. A proposta prevê a criação de um governo de transição palestiniano, excluindo a participação do Hamas. A resposta do movimento islamita chegou na última sexta-feira, com o anúncio da sua disponibilidade para negociar.
Amir Cohen/Reuters
Já estão no Egito as delegações do Hamas e de Israel. As negociações indiretas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza entram, esta semana, numa altura crucial, na véspera de se completarem dois anos do ataque do Hamas do 7 de outubro.
Em Sharm el Sheik é também esperada a presença de mediadores dos Estados Unidos, nomeadamente, o enviado especial Steve Witkoff e ainda o genro de Donald Trump, Jared Kushner. Um dos principais pontos do plano de paz passa pela libertação dos reféns israelitas.
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas disse, esta segunda feira, que a União Europeia quer fazer parte do organismo de transição para Gazaparte do organismo de transição para Gaza
O plano de paz proposto por Donald Trump prevê numa primeira fase uma troca dos 48 reféns, vivos e mortos, por prisioneiros palestinianos, após o que haveria um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, onde mais de 66.000 pessoas morreram em quase dois anos de guerra.
O plano inclui a formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado por si e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, além da possibilidade de negociar no futuro um Estado palestiniano, ao qual o Governo israelita se opõe.
O Hamas exigiu negociar alguns pontos da proposta, tendo o primeiro-ministro israelita respondido que o grupo “tem de aceitar [o plano] na totalidade”.