Em setembro, a Apple trouxe atualizações importantes para parte da sua linha de iPads. O modelo básico, o iPad de 11ª geração, ganhou o chip A16 Bionic, com desempenho até 30% superior ao anterior e armazenamento inicial de 128 GB. Já o novo iPad Air (7ª geração) chegou equipado com o chip M3, aproximando o desempenho do tablet ao de um notebook, mas mantendo o corpo leve e o design fino característico da linha.
As novidades vieram junto do iPadOS 26, lançado em setembro, que introduziu uma nova interface chamada Liquid Glass, melhorias no sistema de janelas e novos recursos de produtividade e integração com inteligência artificial (IA).
Mesmo com os lançamentos de 2025, modelos anteriores de iPad continuam oferecendo desempenho sólido, atualizações recentes e preço mais acessível, mantendo bom custo-benefício para estudo, trabalho e lazer Foto: Divulgação/Apple
Ainda assim, nem toda a linha foi completamente renovada, o que mantém modelos anteriores relevantes no mercado. Enquanto os novos tablets oferecem ganhos em velocidade, eficiência e tela, os preços subiram, com versões mais avançadas ultrapassando facilmente os R$ 10 mil. Por isso, muitos consumidores têm buscado alternativas em gerações anteriores, que seguem recebendo atualizações e oferecem potência suficiente para ativdades do dia a dia.
Modelos como o iPad Air de 4ª e 5ª geração ou o iPad mini de 6ª geração continuam sendo opções equilibradas, combinando bom desempenho, compatibilidade com acessórios modernos e preço mais acessível. Na prática, a diferença entre esses aparelhos e os lançamentos de 2025 costuma ser pequena, especialmente para quem não depende derecursos de última geração.
Neste guia, o Estadão reuniu os iPads que mais valem a pena comprar em 2025 e aqueles que já não compensam o investimento.
iPads que valem a pena comprar
iPad Air (4ª geração, 2020) – Chip A14 Bionic
Mesmo sendo um modelo mais antigo, o iPad Air 4 continua sendo uma opção atraente, especialmente para quem quer bom desempenho sem pagar caro pelos últimos lançamentos. O chip A14 Bionic ainda entrega bom desempenho para tarefas cotidianas, navegação, consumo multimídia, edição leve e até alguns jogos não tão pesados.
A tela Liquid Retina tem 10,9 polegadas e é compatível com Apple Pencil (2ª geração) e Magic Keyboard, o que amplia as possibilidades de uso (esboços, anotações, produção de conteúdo). Embora não vá oferecer o poder de chips mais modernos, ele ainda recebe atualizações de software (dependendo do ciclo da Apple), o que ajuda a prolongar sua vida útil.
Se o usuário busca um iPad com bom custo e funcionalidades suficientes para uso intermediário, esse modelo pode ser a opção certa.
Preço e disponibilidade: revendas cobram entre R$ 2,3 mil e R$ 3,4 mil; não é mais vendido oficialmente pela Apple.
iPad Mini (6ª geração, 2021) – A15 Bionic
A grande vantagem deste modelo é a portabilidade: com tela compacta de 8,3 polegadas, ele cabe perfeitamente na mão e é excelente para leitura, consumo de conteúdo em movimento ou uso em espaços reduzidos.
Apesar do tamanho, o chip A15 Bionic oferece bom desempenho para a maioria dos usos comuns, como navegação, redes sociais, jogos leves, edição simples. Ele continua recebendo atualizações (na medida em que a Apple o mantenha no suporter), o que garante utilidade por alguns anos.
Para quem não precisa de um tablet grande mas quer potência decente aliada a mobilidade, é uma excelente opção.
Preço e disponibilidade: revendas cobram entre R$ 3,3 mil e R$ 5 mil; não é mais vendido oficialmente pela Apple.
iPad Air (5ª geração, 2022) – M1
Este modelo é, para muitos, o ponto ideal entre performance e versatilidade. O chip M1, mesmo usado originalmente nos Macs, dá a esse iPad uma capacidade de desempenho próxima à de computadores mais simples. Isso permite usar apps mais exigentes, multitarefa e até edição de vídeo com mais conforto.
A tela Liquid Retina de 10,9 polegadas garante boa reprodução visual e, embora já não seja o modelo mais novo, ele ainda tende a receber suporte por vários anos, o que justifica o investimento para quem quer mais tempo de uso.
Para quem busca um equilíbrio entre desempenho elevado e bom custo-benefício (comparado aos modelos Pro mais caros), esse modelo é uma aposta segura para trabalho, estudo e criação de conteúdo.
Preço e disponibilidade: revendas cobram entre R$ 2,8 mil e R$ 6,4 mil; não é mais vendido oficialmente pela Apple.
iPad Air (7ª geração, 2025) – M3
Este modelo representa uma geração mais recente no segmento Air, trazendo o chip M3. Isso significa ganhos em desempenho, principalmente em multitarefa, gráficos e eficiência energética, em comparação com gerações anteriores.
Sua tela Liquid Retina oferece bom espaço para trabalho visual e criação de conteúdo, sendo compatível com Apple Pencil (2ª geração) e Magic Keyboard. Ela amplia o uso criativo do dispositivo. Como é um modelo mais novo, seu suporte a atualizações tende a ser prolongado, o que dá “fôlego extra” ao investimento.
Preço e disponibilidade: Apple Brasil a partir de R$ 7,5 mil; revendas a partir de R$ 4,9 mil
iPad Pro (11 polegadas, 2025) – M4
Esse é o modelo topo de linha para usuários que exigem desempenho máximo. O chip M4 oferece poder de processamento e gráfico de última geração, ideal para edição de vídeo em 4K, manipulação de arquivos pesados, modelagem 3D, design gráfico e tarefas profissionais multidisciplinares.
A tela Ultra Retina XDR com ProMotion traz fluidez (alta taxa de atualização), contraste e brilho que beneficiam visuais mais exigentes. Mesmo sendo um investimento bastante alto, para quem vai extrair o máximo de performance, vale a pena: a capacidade de trabalho, longevidade e experiência justificam o custo.
Preço e disponibilidade: Apple Brasil a partir de R$ 13 mil; revendas a partir de R$ 10 mil
iPads que não valem tanto
iPad (8ª geração, 2020) – A12 Bionic
Esse modelo já está desatualizado: o chip A12 Bionic é antigo e tende a enfrentar dificuldades com aplicativos mais recentes e exigentes. A tela de 10,2 polegadas tem resolução mais simples, sem muitos aprimoramentos visuais modernos, o que compromete a experiência comparada aos modelos mais novos.
Embora o custo ser baixo, a diferença de desempenho e limitações nas próximas gerações de softwares tendem a fazer esse modelo envelhecer mais rápido. Se for possível esticar o orçamento, mesmo que um pouco, para modelos mais recentes, geralmente compensa bastante em longevidade e fluidez.
Preço e disponibilidade: revendas cobram entre R$ 2,2 mil e R$ 3 mil; não é mais vendido oficialmente pela Apple.
iPad (9ª geração, 2021) – A13 Bionic
O iPad 9ª geração possui chip A13 Bionic, que é de uma geração anterior e pode começar a revelar limitações com apps mais modernos, especialmente ao longo dos próximos anos. Sua performance tende a estar mais próxima do limite em multitarefa pesada ou jogos mais exigentes.
A tela de 10,2 polegadas tem resolução menor e ausência de tecnologias visuais mais avançadas (como taxas de atualização maiores), o que reduz a experiência comparada aos modelos mais recentes. Embora possa ser uma opção mais barata hoje, o custo de “obsolescência” tende a ser maior, sendo necessário trocar antes ou sofrer mais com lentidões.
Preço e disponibilidade: revendas cobram entre R$ 2,8 mil e R$ 3,5 mil; não é mais vendido oficialmente pela Apple.
iPad Air (6ª geração, 2024) – M2
Embora o chip M2 seja potente e moderno, a “inovação” em relação ao modelo com chip M1 pode não justificar totalmente o acréscimo de preço.
A tela de 10,9 polegadas com taxa de 60 Hz não representa um avanço significante em relação ao modelo anterior (M1), o que diminui o apelo visual para quem esperava melhorias nessa área. Se o objetivo é ter maiores ganhos em desempenho ou recursos diferenciados, investir numa linha Pro ou esperar por modelos futuros compense mais do que migrar para esse modelo específico.
Preço e disponibilidade: revendas cobram entre R$ 5,2 mil a R$ 16 mil; não é mais vendido oficialmente pela Apple.
iPad Pro (12,9 polegadas, 2024) – M4
Embora o modelo 12,9” ofereça tela grande, ele pode se tornar “exagerado” para muitos usuários. O tamanho torna o aparato menos portátil, mais volumoso e pesado para transporte e uso cotidiano.
O preço é consideravelmente mais alto, e a diferença prática de desempenho em relação ao modelo Pro de 11 polegadas pode não se justificar para quem não precisa de tanta tela. Para quem busca equilíbrio entre portabilidade e potência, o modelo Pro de 11 polegadas entrega quase todo o desempenho com menos custo e peso. Se o usuário precisar especificamente de uma tela maior (para design, edição em área extensa ou multitarefa intensa com divisões), pode valer, mas para uso geral, o 12,9” acaba sendo um “luxo caro”.
Preço e disponibilidade: Apple Brasil a partir de R$ 13 mil; revendas a partir de R$ 11 mil
iPad Mini (7ª geração, 2025) – A17 Bionic
O iPad Mini 7ª geração traz um chip mais moderno, mas o salto de desempenho pode não ser proporcional ao acréscimo de preço.
A tela ainda é pequena (8,3 polegadas), o que limita bastante o uso para tarefas que exigem mais espaço visual, como edição, multitarefa ou design mais complexo. Para usuários que já têm mini mais antigo ou que não precisam desse ganho extra, o investimento pode ser desnecessário.
Preço e disponibilidade: Apple Brasil com valores entre R$ 5,9 mil e R$ 8,8 mil; revendas podem vender entre R$ 6,9 mil e R$ 7,2 mil.
iPad (10ª geração, 2025) – Chip A16
Apesar do chip A16 entregar bom desempenho, ele não suportar recursos avançados como a IA da Apple (Apple Intelligence) pode ser uma limitação futura, além do alto custo.
A tela Liquid Retina de 11 polegadas, embora boa, não possui taxa de atualização alta (ProMotion), o que pode fazer rolagens ou animações parecerem menos suaves comparadas a modelos Pro.
No uso leve ou intermediário, o aparelho entrega ótimo desempenho; mas para quem quer “tirar tudo” do dispositivo, essas restrições visuais e de recursos podem pesar. Se o usuário considera usar o iPad por muitos anos ou quer extrair o máximo de recursos futuros, pode valer mais optar por modelos com chips mais poderosos e recursos gráficos mais avançados.
Preço e disponibilidade: Apple Brasil com preços entre R$ 4 mil e R$ 12,5 mil; revendas pode vender entre R$ 4 mil a R$ 8,5 mil (dependendo da configuração).