Está a circular um vídeo nas redes sociais que mostra uma alegada apresentadora de televisão de um meio palestiniano a proferir em árabe a seguinte frase: “Todos os homossexuais, sem exceção, devem ser mortos“. Quanto aos métodos, a mulher sugere que sejam “queimados vivos, atirados de um lugar alto ou apedrejados até à morte”.

O vídeo tem sido utilizado para apontar incoerência aos membros da comunidade LGBTQIA+ por apoiarem uma causa – a da “Palestina Livre” – que supostamente não os respeita nem defende.

Mas será que aquilo que se alega tem fundamento?

Embora a tradução que é feita ao vídeo esteja correta, este não corresponde a um registo da TV palestiniana.

De acordo com o jornal “Newtral”, a transmissão ocorreu em junho de 2020 na Watan TV, um canal de televisão egípcio com sede na Turquia ligado à organização Irmandade Muçulmana.

O Hamas desvinculou-se em 2017 deste grupo, que é considerado por alguns países como uma organização terrorista. Na altura, a agência Reuters referiu que a decisão foi tomada para melhorar as relações com os Estados árabes do Golfo e o Egito.

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