Estela Silva / LUSA

José Luís Carneiro

José Luís Carneiro defendeu este domingo, em Guimarães, que 24 de junho, dia da Batalha de S. Mamede, seja feriado nacional.

E se 24 de Junho fosse feriado nacional?

Não, não é por causa do São João, o santo popular que já faz desta data feriado municipal em cidades como o Porto e Braga.

Nesse dia, em 1128, ocorreu a histórica Batalha de São Mamede, nos arredores de Guimarães.

Para muitos, esta data é o “dia 1 de Portugal”, o início da fundação do nosso país.

Na famosa batalha, D. Afonso Henriques derrotou a mãe, D. Teresa, que, com o amante galego, se tentava apoderar do Condado Portucalense. A vitória em São Mamede abriu caminho para a independência do reino.

Em 1139, D. Afonso Henriques autoproclamou-se Rei de Portugal, um estatuto reforçado em 1143 pelo Tratado de Zamora e reconhecido oficialmente em 1179, pelo Papa Alexandre III.

Este domingo, curiosamente 882 anos depois da assinatura do Tratado de Zamora –  o (outro) 5 de Outubro português ignorado pelos portugueses -, o secretário-geral do PS defendeu que dia 24 de junho também devia ser feriado nacional.

“Eu quero dizer-vos que temos já um compromisso para o futuro. Em 2028 fará 900 anos sobre a Batalha de S. Mamede, que foi indutora daquilo que foi o fundamento primeiro da nacionalidade portuguesa e dizia o António Magalhães [antigo presidente da câmara], o Domingos Bragança [atual presidente da câmara] e agora o Ricardo Costa [candidato do PS] que é tempo de podermos dedicar um dia de feriado nacional ao dia da fundação do nosso país“, disse.

José Luís Carneiro discursava esta tarde no comício autárquico do PS em Guimarães e defendeu do palco esta aspiração da autarquia liderada pelos socialistas. Para o líder do PS, “é justo e é uma homenagem a quem hoje continua a fazer de Guimarães uma das cidades mais empreendedoras do país”.

“Uma economia que cria riqueza a partir da inovação. Já aqui foi referenciado pelo Fernando Medina [ex-ministro do PS que hoje se juntou à campanha] que a economia em que acreditamos para o país é uma economia baseada no conhecimento, baseada na inovação, baseada na criatividade”, enalteceu.

Essa é a razão, segundo Carneiro, pela qual o PS acredita “no ensino, na educação, na qualificação das portuguesas e dos portugueses”.

“Porque pessoas mais qualificadas, pessoas mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro são pessoas que contribuem para o desenvolvimento social, mas contribuem também para uma nova economia baseada no conhecimento”, apontou.


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