Ao JN, o comandante do Destacamento Territorial de Almodôvar, capitão José Carvalho, explicou que a ação policial “não decorreu de nenhuma investigação criminal”, mas veio na sequência do “patrulhamento e policiamento diário” que Guarda tem realizado naquela área, fruto também das informações que a GNR vai recolhendo junto da população.

“O Guadiana é um rio que já é conhecido. Esta já não é a primeira vez que são realizadas apreensões desta quantidade e até superiores e então exercemos um policiamento de forma a colmatar este tipo de criminalidade que se dedica ao tráfico e ao transporte de estupefaciente”, afirmou o responsável da GNR.

Veleiro gerou confusão

Foi isso que aconteceu na segunda-feira, por volta das 22.30 horas, quando os militares da GNR viram um veleiro a circular no rio. No entanto, por ser uma embarcação de recreio, e não muito associada ao tráfico de droga, “houve ali alguma confusão”, admite o oficial.

Ainda assim, optou-se pelo controlá-la, vigiá-la e abordá-la. “Temos suspeitas que o veleiro tenha origem no continente africano”, adiantou o capitão Carvalho, afirmando que “há duas possibilidades” genéricas quanto ao destino da droga: Espanha ou o território nacional.

Por estar em causa um eventual crime de tráfico internacional, a competência da investigação deverá ser entregue a Polícia Judiciária.

Foto: GNR

Além do veleiro, a GNR apreendeu três telemóveis, um computador portátil, um tablet e material utilizado para comunicações. Os dois detidos serão apresentados hoje no Tribunal de Beja para aplicação de medidas de coação.