Se passa cada vez mais tempo a ver vídeos no Facebook, prepare-se, porque a Meta acaba de anunciar uma atualização significativa ao motor de recomendações dos Reels que promete ser mais rápido e eficaz a adivinhar os seus interesses. O objetivo é claro: mostrar-lhe conteúdo mais relevante e mantê-lo na plataforma por mais tempo.
Segundo a Meta, a rede social está agora mais inteligente na forma como analisa os seus gostos para lhe apresentar novos vídeos, sejam eles clips curtos, vídeos mais longos, tutoriais de bricolage ou vlogs dos seus criadores favoritos.
Um motor de recomendações mais viciante
A nova lógica do algoritmo não se baseia apenas no que vê, mas também no que guarda. Os vídeos que marcar com a opção “Guardar” passarão a ter um peso maior nas sugestões futuras. Esta mudança surge numa altura em que, só nos EUA, o tempo gasto a ver vídeos no Facebook aumentou 20% no último ano. Curiosamente, os vídeos com mais de um minuto já representam mais de 50% do tempo total de visualização na plataforma.
Para garantir que o conteúdo é sempre fresco, o motor de recomendações vai dar prioridade a Reels publicados no próprio dia, aumentando a sua visibilidade em 50%. Além disso, durante a visualização de alguns vídeos, a inteligência artificial irá sugerir conteúdos semelhantes sem que precise de sair do leitor.
As novidades que chegam do Instagram
A aproximação entre as plataformas da Meta continua, e o Facebook vai receber mais uma funcionalidade popular do Instagram. Trata-se das “bolhas” de perfil, que surgem no canto inferior esquerdo de um Reel para mostrar que um dos seus amigos gostou daquele conteúdo. Com um simples toque na bolha, pode iniciar uma conversa privada com essa pessoa sobre o vídeo.
Mais personalização, menos controlo
Apesar de a Meta estar a introduzir atualizações na forma como as recomendações funcionam, a empresa ainda não disponibilizou uma opção que permita aos utilizadores desativar permanentemente o feed algorítmico. Recentemente, um tribunal em Amesterdão criticou a empresa por usar “padrões obscuros” no Facebook e Instagram, que dificultam a escolha de um feed cronológico, criando uma “fadiga de escolha”.
Para juntar à polémica, a gigante tecnológica anunciou também que as interações dos utilizadores com a Meta AI serão em breve utilizadas para personalizar anúncios e recomendações em todas as suas plataformas, reforçando a aposta na personalização em detrimento do controlo do utilizador.