É a resposta à maior crise política interna desde a invasão russa em fevereiro de 2022 mas também ao protesto de vários responsáveis europeus. 

No Parlamento ucraniano, foi votado o restabelecer da independência de duas agências anti-corrupção. O resultado foi inequívoco: 331 votos a favor do projeto de lei e 0 contra. 

A lei saiu do gabinete presidencial para o Parlamento ucraniano após várias pressões e críticas por parte da União Europeia e volta agora às mãos do presidente ucraniano para uma assinatura final. 



Os deputados ucranianos tinham aprovado há poucos dias uma lei que eliminava a independência de duas instituições responsáveis pelo combate à corrupção no país.
Essa lei passaria a conceder ao procurador-geral o controlo do Gabinete Nacional Anticorrupção (NABU) e da Gabinete Especializado Anticorrupção (SAP). 

Após a rápida assinatura desta lei pelo presidente ucraniano, foram várias as críticas, bem como as manifestações no país, as mais significativas desde o início da invasão russa. 

A rápida anuência de Zelensky foi vista pelos críticos como uma forma de enfraquecimento da autoridade destas agências contra um maior controlo do executivo. 

Por sua vez, a União Europeia afirmou ter ficado “seriamente preocupada” com as ações de Kiev.



“O desmantelamento das principais salvaguardas que protegem a independência [das agências] constitui um sério retrocesso”
, disse a comissária para o alargamento do bloco europeu, Marta Kos, acrescentando que o Estado de direito está “no centro” das negociações de adesão à UE.