Cristiano Ronaldo foi incluído, pela primeira vez, no índice de multimilionários da Bloomberg, já que o património líquido do jogador português subiu para os 1,4 mil milhões de dólares, ou cerca de 1,2 mil milhões de euros. É o primeiro futebolista a ser incluído nesta lista.

Ronaldo e Messi ganharam salários semelhantes durante vários anos, mas as situações financeiras divergiram drasticamente quando o argentino foi contratado pelo Inter Miami CF, da Major League Soccer, nos Estados Unidos, e o português rumou à Arábia Saudita, para assinar pelo Al Nassr.

Cristiano Ronaldo terá recebido 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) pelos primeiros dois anos e meio de contrato. A renovação com o clube saudita até 2027, acordada em Junho, valerá mais de 400 milhões de dólares (344 milhões de euros), avança a Bloomberg. Foi esta renovação que valeu ao jogador a entrada no índice da Bloomberg. O português auferia 40 milhões de euros anuais na Juventus, clube italiano onde esteve entre 2018 e 2021.

A agência de notícias financeiras adianta também que o jogador português recebeu mais de 550 milhões de dólares (473 milhões de euros) em salários entre 2002 e 2023 e que assinou um contrato de uma década com a Nike por quase 18 milhões anuais e outras colaborações com marcas como Armani e Castrol, adicionando mais de 175 milhões de dólares ao seu património líquido. Aquando da transferência para o Al-Nassr, em 2023, também terá recebido um bónus 30 milhões de euros.

Os dados avançados pelo Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), em Fevereiro deste ano, dias antes de o jogador completar 40 anos, também comprovam que ​​a marca pessoal Cristiano Ronaldo não tem parado de ganhar valor a cada ano e já está muito perto dos mil milhões de euros. O instituto tem acompanhado o crescimento da marca Cristiano Ronaldo nos últimos 15 anos: 24,5 milhões de euros reportados em 2011, 850 milhões reportados em Fevereiro.

O estudo utilizou uma metodologia desenvolvida pelo IPAM (Sports Reputation Index) que utiliza uma combinação de 28 variáveis de seis dimensões: “receitas, media, redes sociais, palmarés, influência social e impacto”. E estimou que os contratos publicitários para marcas como a Nike, a Louis Vuitton ou a Tag Heuer (além de outras publicidades pontuais que faz nas redes sociais para a Herbalife ou a Binance) rendiam 150 milhões de euros ao português. Em 2020, estes contratos rondavam os 28 milhões de euros, numa altura em que as redes sociais começavam a impor-se no marketing.

A par da carreira de futebolista e influencer, o jogador tem-se destacado enquanto empresário, com participações em sectores com hotelaria (com o grupo Pestana), moda e saúde. Entre os investimentos mais recentes, destacam-se a Vista Alegre Atlantis, onde é dono de 10% das marcas de porcelana, vidro e cristal em Portugal e vai deter 30% da Vista Alegre Espanha. Recentemente, comprou o clube de padel Lisboa Racket Centre e anunciou que é investidor na Cidade do Padel, em Oeiras.