O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que não tem dúvidas de que o governo Lula “vai se entender” com Donald Trump na negociação do tarifaço imposto ao Brasil. Valdemar afirmou que “torce para que a situação melhore” e disse que não acredita que Trump abandone Jair Bolsonaro.
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A coluna perguntou ao presidente do PL se ele vê chance de Lula reverter as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Valdemar respondeu:
— Tem (chance)! Essa discussão vai ser feita pelo (secretário de Estado dos EUA) Marco Rubio com nossos ministros daqui e eles vão se entender. Não tenho dúvida disso — afirmou.
A coluna também questionou se Valdemar torce para que o governo resolva o problema.
— Lógico que sim. Queremos ver a nossa situação melhorar, não piorar. Mas não acho que, por isso, o Trump vá abandonar o Bolsonaro — disse.
Questionado sobre a recuperação da popularidade de Lula na pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8), o líder partidário avalia que a conversa do presidente brasileiro com Trump “favoreceu muito”, por mostrar um caminho para resolver o tarifaço.
Valdemar afirmou que “tinha certeza” de que o americano trataria bem Lula, porque já sabia que as humilhações que impôs a outros chefes de Estado publicamente não repercutiram bem.
— Ele tem todas as informações do mundo e sabe que aquilo não é bom. Eu tinha certeza de que o Trump ia tratar bem o Lula. Você acha que ele quer ficar mal com o povo brasileiro? O Trump não vai querer brigar com a gente. Acho que o Trump fez muito bem em tratar o Lula com respeito.
O presidente do PL descarta que Trump use a anistia como moeda de negociação no tarifaço e avalia que o americano deve recorrer a outras sanções que não sejam econômicas para ajudar Bolsonaro.
— Não acredito que ele coloque a tarifa nisso (anistia). Vão haver ações, independentemente do governo brasileiro. O problema do Trump é com o Poder Judiciário do Brasil e ele mostrou isso nas suas declarações, quando disse que estão fazendo com o Bolsonaro o que queriam fazer com ele nos EUA. O Trump não vai deixar o Bolsonaro na mão — afirma.