Jonathan Rinderknecht, de 29 anos, é suspeito de ter sido responsável pelo início do fogo que viria a destruir um bairro californiano e fazer várias vítimas mortais. Tinha, nos seus dispositivos eletrónicos, uma imagem gerada no ChatGPT de uma cidade em chamas.
Department of Justice/Reuters
Foi detido um suspeito, no âmbito da investigação aos incêndios mortais que devastaram Los Angeles, nos EUA, em janeiro. O anúncio foi feito, esta quarta-feira, pelas autoridades norte-americanas.
O suspeito em causa é Jonathan Rinderknecht, um homem de 29 anos, que terá ateado um incêndio na noite de Ano Novo. Trata-se de um motorista da Uber que deixou passageiros na área onde o incêndio começou, naquela noite.
Provas recolhidas nos dispositivos eletrónicos do suspeito revelaram uma imagem que o próprio terá criado, recorrendo à ferramenta de Inteligência Artificial ChatGPT, a representar uma cidade em chamas.
O fogo reacendeu e, a 7 de janeiro, devastou o bairro de Pacific Palisades, em Los Angeles.
“A imprudência de uma única pessoa causou um dos piores incêndios que Los Angeles já conheceu, causando mortes e destruição generalizada em Pacific Palisades”, afirmou o procurador federal Bill Essayli, citado pela AFP.
Não foi, contudo, apurada a alegada motivação do suspeito.
“Gostava que pudéssemos entrar na cabeça de alguém, mas não podemos”, disse Kenny Cooper, agente do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) dos EUA. “Pessoas mal-intencionadas fazem coisas más.”
Mais de três dezenas de pessoas morreram nos incêndios de Los Angeles em janeiro – 12 delas no fogo em Pacific Palisades. Houve ainda milhares de casas destruídas pelas chamas e dezenas de milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas habitações.