A vítima foi morta em casa quando defendia a mulher, grávida de quatro meses. Bruna Romão responde por tentativa de homicídio da mulher de Alisson, agredida com um ferro. Já Hugo Monteiro é julgado por ter apontado a casa onde estaria o alvo que Florival procurava, mas que, afinal, era a casa onde dormia o casal inocente.
Ontem, só Florival quis falar aos juízes. “O Alisson deu-me uma forte pancada na cabeça e depois tentou tirar-me a arma, que disparou. Ele apertava-me o pescoço e tentei que me largasse”, defendeu-se Florival, refutando a acusação de que disparou a matar quando Alisson estava no chão e ele de pé.
O MP considera que o motivo pelo qual os arguidos procuraram vingança, “a respeito de uma altercação rodoviária, era irrisório e insignificante”. “Cometeram o crime mesmo após se terem apercebido de que Allisson Rodrigues não era a pessoa com quem tinham tido uma discussão”, sustenta a acusação.
Florival Murteiro quis mostrar arrependimento, dizendo que se entregou por remorsos, depois de um ano em fuga às autoridades. Também disse que tentou, junto de Mayla, acordar uma prestação de 350 euros mensais para a filha da vítima, hoje com dois anos, até aos 18, o que a mulher não aceitou.
Em julgamento, Mayla Pertel chorou várias vezes, lamentando ter perdido o companheiro e ter de refazer a vida sozinha com uma filha bebé. “Durante muito tempo só pensava em justiça, mas tive que me esforçar para refazer a minha vida e da minha filha”, afirmou.