Pilar do thrash metal, o Slayer é responsável por composições que incorporam os principais elementos do estilo: agressividade, velocidade intensa e letras que abordam temas pesados. Entre as mais icônicas, destaca-se a explosiva “Angel of Death”.
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Foto: benhoudijk @ www.depositphotos.com
A faixa abre o seminal “Reign in Blood” (1986) — audição indispensável para qualquer fã do gênero — e aborda um tema perturbador: os crimes cometidos por Josef Mengele, médico alemão que atuou no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial. Conhecido como “Anjo da Morte”, ele realizou experimentos brutais e desumanos em prisioneiros.
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A letra de “Angel of Death” gerou controvérsias e chegou a ser interpretada como uma possível apologia às atrocidades do regime n*zista. No entanto, segundo Kerry King — guitarrista do Slayer e coautor da música — essas acusações são infundadas e distorcem completamente a intenção da banda.
Em entrevista à revista Metal Hammer, King esclareceu que a canção foi escrita com um viés documental e que o objetivo nunca foi glorificar os horrores do n*zismo. Pelo contrário: para ele, relembrar esses fatos é essencial para evitar que caiam no esquecimento.
“Foi escrita em estilo documental. Não foi escrita para elogiar a Alemanha nazista. Não foi escrita para elogiar Josef Mengele. O Slayer nunca se esquivou de escrever sobre assuntos controversos, e Jeff [Hanneman, guitarrista] era muito interessado na Segunda Guerra Mundial. Era aí que estava seu interesse como compositor. Muitas pessoas interpretaram mal e pensaram que éramos simpatizantes n*zistas, e nada poderia estar mais longe da verdade. Foi um período horrível na história mundial, mas é um fato histórico e é algo que deve ser mencionado para que as pessoas não se esqueçam.”
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O Slayer encerrou oficialmente suas atividades em 2019, mas surpreendeu os fãs ao anunciar um retorno pontual anos depois. No entanto, segundo Kerry King, novas turnês estão fora de cogitação.