Por Laíza Ribeiro* — O novo limite de alerta para controle de colesterol foi tema do CB.Saúde — parceria entre Correio Braziliense e TV Brasília — desta quinta-feira (9/10), que teve como convidado o coordenador da Cardiologia do Hospital Brasília, Ernesto Joscelin. Na entrevista às jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte, ele alertou sobre os sinais que devem ser observados e os cuidados os hábitos que ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. 

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O médico destacou que o aumento da gordura no sangue é um problema que predomina na população geral. Ele explicou que as novas diretrizes fazem com que seja feita uma observação ainda mais rigorosa nas metas de tratamento e controle de colesterol. “Para pessoas que têm um baixo risco cardiovascular, baixamos a meta, que era em torno de LDL 130, para 115. Para aqueles pacientes que já tiveram eventos, como veia obstruída, infarto ou derrame, precisa haver um controle de LDL ainda mais rigoroso, então, a meta caiu para 40”, detalhou. 

Além do fator sobrepeso, a alimentação e a genética são fatores que ajudam no aumento do colesterol. “O consumo de mais calorias do que você gasta faz o seu corpo transformar esse excesso de calorias em gordura, independentemente do que você esteja consumindo. Outra situação vem do lado genético. Existem algumas doenças chamadas de hipercolesterolemia que são familiares. Muitas das vezes, tem um fundo genético associado a esse cuidado, e isso precisa ser rastreado de forma extremamente objetiva no consultório.”

O médico também apontou quais sinais o paciente deve observar para saber se o seu colesterol está devidamente ajustado. “Um dos sinais pode ser observado através da pele da pessoa. Os xantelasmas são acúmulos de gordura que acontecem em algumas áreas, como o rosto, articulações, nas mãos, e podem ser sinais de hipercolesterolemia familiar. Porém, a maioria das pessoas será assintomática, sendo necessário um check up cardiovascular”, complementou. 

Além do cuidado com a alimentação, atividade física também é fundamental. “Os exercícios físicos são fundamentais para o controle de triglicerídeos, que é outro tipo de gordura que ocasiona o aumento da formação de placas de gordura nas artérias. Os benefícios para o mau colesterol são menores, mas existem. A mudança dos hábitos de vida ocasiona o  aumento natural do bom colesterol”, ressaltou Joscelin.

O cardiologista também faz o alerta para o aumento de casos de doenças vasculares em crianças e adolescentes e afirma que um hábitos alimentares saudáveis são imprescindíveis. “Com essa mudança de hábito, onde as crianças estão sempre em frente a tela, sem brincar na rua e sem exercícios físicos, a mudança comportamental alimentar se torna fundamental, pois estatinas (medicamentos) não são opções para elas”, finalizou. 

Assista à entrevista completa

 

*Estagiária sob supervisão de Malcia Afonso 

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