A escolha do mobiliário dialoga com o conceito regional da arquitetura, com destaque para peças criadas pela dupla, que se misturam às aquisições feitas em comunidades tradicionais do Pará. “Participamos de todas as etapas desse projeto, desde a estrutura até os detalhes da decoração”, afirma Luís. Na visão deles, artesanato, arte e design têm a mesma importância e, não à toa, foram igualmente valorizados. Quadros de artistas paraenses, como Pablo Mufarrej e Emmanuel Nassar, se conectam visualmente ao mural de azulejos criado por Alexandre Mancini, discípulo de Athos Bulcão. Cerâmicas, cestarias, bancos e outras peças de artesãos da região amazônica completam o acervo curado por Luís e Pablo, que definem a morada como um manifesto sobre viver em meio à natureza, arte e memória: “Trata-se de uma casa que é jardim, galeria e abrigo. Tudo ao mesmo tempo”.