— O Francisco tem apenas 199 minutos com Martínez. Sente que deveria ter outra utilização. O que acho que é preciso acontecer para ter outra utilização? 

— Acima de tudo, tenho de estar contente com esses minutos porque é o valorizar do que tenho feito até agora. Depois é só continuar a fazer o meu trabalho para poder ter mais minutos, mas sou apenas mais um num grande grupo. 

— Porém, esta temporada, já são quase 1000 minutos. Como se sente fisicamente, depois de na época passada ter feito 54 jogos pelo Sporting? 

— Sinto-me sempre preparado. Trabalho bastante para isso. Hoje em dia tenho de me focar cada vez mais no extra futebol. É claro que a época passada foi longa, mas faz parte do crescimento. Estou mais preparado para aguentar muitos minutos. 

— Este será o regresso da Seleção a Alvalade, onde fez um grande jogo frente à Dinamarca. Foi na altura em que começou a usar bigode… é talismã? 

— Já não me lembro. É capaz. Sabemos que vai ser um jogo difícil, a Irlanda joga bastante com o coração, é uma equipa que procura bastante os duelos, ainda temos alguns dias para prepararmos o jogo da melhor forma. Em qualquer estádio em Portugal sentimos o apoio dos adeptos e temos de levar isso para o nosso lado. Vou manter o bigode, espero que dê sorte [risos].

— Roberto Martínez está no último ano de contrato e já viveu situação similar no Sporting. Acha que este fator pode afetar o grupo?

— Não me cabe a mim falar sobre isso. É um papel da comunicação social. Acho que o míster trouxe bastante energia, foi o mister que me voltou a convocar. Confia nos jogadores e nós estamos confiantes no mister.

— Vocês têm falado bastante no espírito positivo.. Como sentem isso?

— Vem muito do grupo, que é muito forte e unido. Cada vez mais sabemos conviver com jogadores de equipas rivais. Acho que ajuda bastante ganhar. Acho que vem muito do grupo e do que vivemos no dia a dia. 

— Marcelo Rebelo de Sousa disse que o objetivo era conquistar o Mundial. Isso constitui pressão acrescida? 

— Temos é de estar focados na Irlanda, primeiro temos de nos apurar. O foco é apenas e só no jogo com a Irlanda

— No último jogo que fez na sua casa, Alvalade, bisou. Esta partida será para fazer ainda melhor? 

—Este jogo é para ajudar a equipa. O jogo não é só os golos. Sou mais um para ajudar.

— Quenda não tem sido chamado aos AA, mas tem jogado nos sub-21. Qual é o seu comentário? Dada a sua experiência, é bom ter mais etapas? 

— Cada um tem de seguir o seu caminho. O Quenda está a fazer o dele e muito bem. O mister já disse que o espaço dos sub-21 serve para os jogadores crescerem e estarem preparados. Acredito que terá a sua oportunidade e estará preparado.

— Tendo em conta que a Irlanda é muito forte fisicamente e joga muito nos duelos, é através do jogo mais impositivo que se ganha a estes encontros? 

— É ganhar os duelos e poder desmarcar. Sabemos que vêm com uma linha de quatro. Sabemos que temos capacidade para criar oportunidades e fazer golos.

— Este será o primeiro jogo em casa depois da partida de Diogo Jota. Algum sentimento especial?

— Claro que é sempre diferente. Não contamos com ele fisicamente mas de outra forma. Acredito que nos dará força. Vamos usar isso para podermos ganhar todos os jogos.

— No último jogo aqui, a Irlanda criou muitas dificuldades a Portugal. O que espera agora?

— É uma equipa muito forte nos duelos. Preparámos o jogo da melhor forma. Temos de igualar essa força e usar as nossas qualidades.