No mesmo dia em que apresentou os primeiros detalhes técnicos do Elettrica, a Ferrari apresentou a nova estratégia de eletrificação até 2030.
A Ferrari acabou de apresentar o seu primeiro elétrico — o Elettrica —, mas isso não significa que a marca esteja 100% focada na eletrificação total. Bem pelo contrário.
Tal como tem acontecido com outros construtores, o fabricante de Maranello também reviu a sua estratégia de eletrificação, seguindo um rumo bastante semelhante ao das restantes marcas: reforçar o investimento nos motores de combustão e abrandar o ritmo de transição para os 100% elétricos.

Em 2022, a estratégia apresentada pela Ferrari para 2030 previa vendas compostas por 40% de modelos elétricos, seguida de 40% de híbridos e apenas 20% de motores de combustão. Agora inverteu essa estratégia, com a combustão no «coração» da mesma: 20% elétricos, 40% híbridos e 40% a combustão.
Uma alteração que sinaliza uma abordagem mais prudente, justificada pela fraca procura por automóveis elétricos de alto desempenho e, não menos importante, pela necessidade de preservar a identidade da marca.
Segundo Ferrari 100% elétrico só para 2030
Há alguns meses já tinha sido noticiado que o lançamento de um segundo modelo 100% elétrico — até a altura desconhecido — tinha sido adiado do final de 2026 para 2028.
De acordo com Benedetto Vigna, diretor-executivo da Ferrari, será razoável esperar que o segundo Ferrari 100% elétrico surja agora até 2030.
Além disso, a marca de Maranello confirmou que vai lançar uma média de quatro novos modelos por ano entre 2026 e 2030, mantendo o ritmo que lhe tem garantido exclusividade e a expansão da sua base de clientes.
Objetivo de receitas anuais aquém das expectativas
Mas a revisão da estratégia de eletrificação não é a única novidade. O novo plano financeiro também trouxe metas financeiras mais conservadoras, o que provocou uma forte reação negativa nos mercados.
A Ferrari fixou um objetivo de receitas anuais de nove mil milhões de euros até 2030, um crescimento face aos 7,1 mil milhões previstos para este ano mas, ainda assim, abaixo das expectativas.
Uma diferença que acabou por desencadear uma queda superior a 16% nas ações da marca na bolsa de Milão, o que se traduziu numa perda de 13,5 mil milhões de euros em capitalização de mercado, de acordo com a Reuters.
“É importante cumprirmos o que prometemos. Não podemos comprometer-nos com algo que não conseguimos alcançar”, concluiu o executivo.
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