Em causa está o nascimento de um bebé no passado dia 7 de outubro à porta do Hospital de Sintra com o auxílio da PSP. Ao início da tarde, a ministra da Saúde tinha pedido explicações àquela unidade de saúde. 

“Espero que a ULS Amadora-Sintra possa, através do seu diretor clínico, prestar alguma informação sobre exatamente o que se passou”, afirmou Ana Paula Martins esta sexta-feira em declarações aos jornalistas.

O Conselho de Administração da ULS Amadora Sintra defende que este episódio “evidencia a prontidão, competência e dedicação dos
profissionais do Hospital de Sintra”, assim como “a importância da
articulação entre forças de segurança e serviços de saúde em situações
de emergência”.

Acrescenta também que este foi “um caso exemplar
de resposta no âmbito do Serviço Nacional de Saúde”, expressando
“profundo reconhecimento” a todos os envolvidos.

No esclarecimento por parte do Hospital adianta que a mulher, grávida de 39 semanas, “dirigia-se com o marido ao Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, para uma consulta programada”. No entanto, durante o trajeto “iniciou trabalho de parto”.

“Perante a iminência do nascimento e dada a proximidade ao Hospital de Sintra — que não dispõe de valência de Obstetrícia — o casal optou por se dirigir a esta unidade da ULS Amadora/Sintra”, adianta o Conselho de Administração desta unidade de saúde. 



Quando chegou junto ao hospital, a parturiente “encontrava-se em fase avançada de parto, ainda no interior da viatura”. 

“Uma agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), presente no local, identificou a situação e alertou de imediato os profissionais da Urgência Básica do Hospital para a ocorrência”, explica o hospital.

Mas quando a equipa de enfermagem chegou ao local “o bebé já havia nascido dentro da viatura”. 

“A equipa do Hospital de Sintra, composta por profissionais com formação em Suporte Avançado de Vida e experiência de VMER, interveio com rapidez e competência, prestando os primeiros cuidados ao recém-nascido”, acrescenta.

A mãe foi encaminhada para a sala de reanimação da urgência “onde se concluiu o trabalho de parto com toda a segurança”. Por desejo especial do casal, o corte do cordão umbilical “foi realizado pelo pai, com o consentimento da mãe, num momento de grande significado emocional”.

“Mãe e bebé foram estabilizados e, posteriormente, transferidos, em ambulância e com o acompanhamento dos profissionais do Hospital de Sintra, para o Serviço de Obstetrícia do Hospital Fernando Fonseca, onde se confirmou que ambos se encontravam bem de saúde, tendo tido alta clínica no dia 9 de outubro”, acrescenta o hospital. 

Esta sexta-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP anunciou que “procedeu à assistência de um parto na via pública” na terça-feira, pelas 11h10, junto à entrada do Hospital Sintra – Algueirão Mem Martins.

Este apoio aconteceu quando uma viatura parou junto aos polícias em busca de auxílio, tendo um dos agentes tendo acabado por assistir o parto que aconteceu antes da equipa médica chegar ao local.

“Quando estes verificaram a parturiente no banco traseiro, enquanto um foi alertar a equipa médica do hospital, o outro ficou a auxiliar a parturiente, tendo acabado por assistir o parto que aconteceu antes de a equipa médica chegar ao local”, lê-se em comunicado.


De acordo com a mesma nota, mãe e filho “estão bem de saúde”.


c/ Lusa