A variação homóloga da inflação em Setembro registou uma subida de 2,4%, mas em desaceleração face a Agosto, e interrompendo cinco meses de subida consecutiva. O que não abrandou foi o preço dos alimentares, que se manteve em alta de 7%.
“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,4% em Setembro, taxa inferior em 0,4 pontos percentuais à observada no mês anterior [2,8%]”, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Este valor confirma a estimativa rápida feita a 30 de Setembro.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, os que habitualmente registam maiores variações de preços) registou uma variação de 2%, igualmente abaixo dos 2,4% de Agosto.
Os produtos energéticos, cujo índice aumentou 0,3% (contra -0,2% no mês anterior, regressando assim a terreno positivo), e o índice referente aos produtos alimentares não transformados, que se manteve em 7%, após sete meses de aumentos consecutivos, deram os maiores contributos para a subida do IPC.
Também se verificaram aumentos nas classes das bebidas alcoólicas e tabaco e dos bens e serviços diversos, com variações de 1,6% e 2,1% respectivamente, acima das variações de 0,9% e 1,9% no mês anterior.
Já as áreas do lazer, recreação e cultura e dos restaurantes e hotéis, com variações de 1% e 6,2% respectivamente, inferiores aos 2,8% e 7,7% em Agosto, “travaram” maior progressão do índice global.
A variação mensal do IPC, em cadeia, foi 0,9% (uma leitura que tinha sido de menos 0,2% face a Agosto, face a Julho, e de menos 1,3% em Setembro de 2024, face a Agosto do mesmo ano). E a variação média dos últimos doze meses foi 2,4% (valor idêntico no mês anterior), avança o INE.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, utilizado na comparação com outros países da União Europeia, apresentou uma variação homóloga de 1,9%, bem abaixo dos 2,5% no mês anterior, e inferior em 0,3 pontos percentuais face ao valor estimado pelo Eurostat para a área do euro (em Agosto, a taxa de variação homóloga do IHPC português tinha sido superior em 0,5 pontos percentuais à da zona euro).
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 1,6% em Setembro (tinha sido de 2,3% em Agosto), taxa inferior à da área do euro (estimada em 2,4%).
A variação mensal do IHPC, por comparação com Agosto passado, foi de 1%, acima do -0,1% no mês anterior e abaixo de 1,6% em Setembro de 2024). A variação média deste índice nos últimos doze meses é de 2,4% (valor idêntico no mês precedente).