Foi homem-forte da McDonald’s em Portugal e agora quer ser presidente do Benfica. Pelo meio, garante, está apenas à espera que as suas empresas sigam o caminho, que ainda se faz de prejuízos
As empresas de João Noronha Lopes dão prejuízo, sim, mas o candidato à presidência do Benfica tem uma justificação, nomeadamente para a Vira Frangos, que até já disse querer transformar na maior marca de restauração portuguesa no mundo.
Em entrevista à CNN Portugal, que avançou com uma notícia de prejuízos milionários na esfera empresarial do candidato, João Noronha Lopes puxou dos galões de gestor: “Já geri dezenas de empresas, tenho uma carreira de 25 anos como gestor”.
E estar à frente da Vira Frangos não é a mesma coisa que estar no McDonald’s ou no Benfica, empresas grandes e consolidadas. Não, este é o caso de uma start-up, empresa que demora até dar lucro, defende o empresário.
“O Vira é uma empresa inovadora, uma start-up, que tem um ciclo de investimento e um ciclo de retorno sobre esse investimento completamente diferente das outras empresas”, começou por dizer, afastando qualquer cenário de gravidade sobre a atual situação da empresa, que tem prejuízos acumulados na ordem dos três milhões de euros.
João Noronha Lopes garante que a dívida existente é aos sócios, sendo o candidato um deles. “Isto quer dizer que temos capacidade financeira para continuar a apostar na empresa, que é um conceito inovador”, reiterou, sublinhando até que tem tido propostas para compra de algumas lojas, o que só não aconteceu ainda por não haver o “afinamento” pretendido.
Quanto à dívida, na ordem dos 200 mil euros, o candidato à presidência do Benfica lembrou que já está em curso um processo de internacionalização, que começou em Espanha e vai continuar no Dubai.
Quanto à Porta Branca, outra das empresas da esfera de João Noronha Lopes, o candidato preferiu dizer que o seu trabalho lhe permitiu estar numa boa situação financeira.
“Eu sou um gestor que está há 25 anos a gerir ao mais alto nível nas maiores empresas de todo o mundo. Reuni uma riqueza considerável do ponto de vista financeiro, que me permite uma vida desafogada. A minha situação financeira nunca foi tão boa como é hoje”, acrescentou, vincando sempre a experiência que tem, e que passou, por exemplo, pela gestão da marca McDonald’s em Portugal.
De resto, e apesar de ter dito que não abdica do salário como presidente do Benfica, em caso de eleição, João Noronha Lopes garantiu que não é essa a razão que o move nesta candidatura.