O golo foi de Rúben Neves. A camisola que tinha vestida, com o número era de Diogo Jota. O cabeceamento parecia de Diogo Jota. A alma era a que a seleção promete depois da morte de Diogo Jota.
Rúben Neves não foge a toda a emoção que o seu golo transporta e falou no amigo, ele que no festejo tirou a caneleira para que se visse a tatuagem que tem na perna com o abraço entre ele e Diogo Jota.
«Sim, foi um golo com a vontade de Diogo Jota. O que ele nos levava para dentro de campo. Disse anteriormente que cada um de nós levaria o Diogo para dentro de campo, a sua vontade, o sacrifício, a vontade de vencer. Foi o que aconteceu hoje», afirmou no final da partida de Alvalade.
Rúben garantiu ainda que combinou o lance que resolveu o jogo com Trincão: «Quando Trincão entrou, talvez cinco minutos antes do golo, disse-lhe que quando viesse para dentro, que eu sei que é movimento que ele faz muitas vezes, eu entraria na segunda linha, entre os centrais. E a primeira vez que ele cruzou, deu golo, tal como tínhamos combinado. Senti que poderia entrar naquele espaço e se a bola entrasse no sítio certo poderia marcar. Entrou no sítio certo…»
Só falta fazer a mala para o Mundial, que está praticamente garantido? À pergunta da RTP, Rúben Neves garante que falta muito mais que isso.
«Nada está feito, basta ganhar mais um jogo, isso sim. Mas vamos jogar em casa e aqui jogamos com 12, o que é uma vantagem para nós, torna tudo mais fácil.»
O novo número 21 falou também do que faltou a Portugal até ao mágico minuto 90+1: «Deveríamos ter tido mais calma, na primeira parte falhou calma. Foi difícil, porque o ponta-de-lança irlandês jogou como médio defensivo. Além disso, são uma equipa muito alta, forte fisicamente e tivemos de ter mais paciência e cansar a Irlanda. Foi o que fizemos na segunda parte e merecemos a vitória.»