A nova aplicação da OpenAI para criação de vídeos com inteligência artificial (IA), Sora, está a gerar um enorme interesse. A plataforma atingiu a marca de um milhão de transferências a um ritmo que superou até o do seu popular irmão, o ChatGPT.

Sora atinge um milhão mais rápido que o ChatGPT

De acordo com Bill Peebles, responsável pela Sora, a aplicação e rede social para vídeos gerados por IA ultrapassou um milhão de downloads em menos de cinco dias. Peebles destaca que este marco foi alcançado “ainda mais rapidamente do que o ChatGPT”. Isto é particularmente notável considerando que a OpenAI limitou a disponibilidade da aplicação à América do Norte e implementou um sistema de acesso exclusivo por convite.

À semelhança do TikTok, a Sora apresenta um feed vertical infinito de vídeos. A grande diferença reside na sua origem: em vez de serem carregados por utilizadores, os vídeos são inteiramente criados por IA.

Para gerar um vídeo de 10 segundos, basta que o utilizador escreva um prompt para o modelo Sora 2, integrado na aplicação. Adicionalmente, através da funcionalidade Cameo, é possível criar vídeos com a sua própria imagem ou a de qualquer pessoa que tenha consentido partilhar a sua semelhança com o serviço.

Controvérsia em torno dos direitos de autor e da imagem

A ausência de salvaguardas robustas no lançamento da Sora já resultou numa onda de vídeos que incluem figuras como Sam Altman, CEO da OpenAI, e conteúdos que claramente infringem direitos de autor.

A facilidade com que a Sora cria vídeos de personagens reconhecíveis, como o Pikachu, levanta sérias questões sobre os dados utilizados no treino do seu modelo. Como seria de esperar, esta situação provocou uma reação negativa por parte da indústria do entretenimento.

Em resposta às críticas, a empresa atualizou a Sora para conceder aos utilizadores um maior controlo sobre os vídeos em que a sua imagem pode ser utilizada. A OpenAI planeia oferecer controlos semelhantes aos detentores de direitos, dando-lhes “a capacidade de especificar como as suas personagens podem ser usadas (incluindo a proibição total do seu uso)”, segundo palavras de Altman.

Permanece incerto o motivo pelo qual estes mecanismos de controlo não estavam disponíveis desde o início, mas ambas as alterações representam um passo positivo.

 

Leia também: