As primeiras fotografias são de um concerto em novembro de 1993, no Teatro São Luiz, em Lisboa; as mais recentes de junho deste ano, em casa do músico, numa sessão para a promoção do livro de contos “Como se não houvesse amanhã”. “Sérgio Godinho por Rita Carmo” chegou às livrarias esta semana e junta imagens do cantautor captadas pela fotógrafa natural de Leiria nos últimos 32 anos.

A edição celebra os 80 anos de Sérgio Godinho e reflete uma relação de empatia que ganhou contornos para além da música – tanto que ela o trata carinhosamente por “Monsieur Godin”. Mais do que um registo visual, o quarto livro da fotógrafa revela-se “um retrato íntimo da cumplicidade entre dois criadores que se reconhecem na arte e na vida”, lê-se na sinopse da edição da 100Folhas.

Ao longo das últimas três décadas, Rita Carmo fotografou o músico praticamente todos os anos, tanto em concertos como para retratos. No prefácio do livro, Sérgio Godinho assume foi Rita quem mais o fotografou ao longo da carreira, em “retratos, palcos, cenários insólitos e cenas partilhadas com outros músicos”. O artista admite que se desenvolveu um “jogo de sedução mútua”: ela atrás da câmara, ele à frente, a olhar para ela.

Rita Carmo é a mais reconhecida fotógrafa de música em Portugal, através do seu trabalho na “Blitz”, tendo também já publicado em títulos como “Melody Maker” ou “Rockin’on”.