Vão chegando de Hollywood as reacções à morte, aos 79 anos, de Diane Keaton, oscarizada actriz de Annie Hall, filme que lhe valeu a estatueta, mas também da trilogia O Padrinho, por exemplo.
Keaton era um raio de “vida e luz, sempre a rir-se das suas idiossincrasias”, escreveu Jane Fonda, de Klute (1971) e O Regresso dos Heróis (1978), no Instagram. “Mesmo que não o soubesse ou admitisse, era uma bela actriz”, acrescentou ainda. As duas contracenaram em Do Jeito Que Elas Querem, comédia romântica de 2018.
“Ela era hilariante, totalmente despida de malícia ou da competitividade que se esperaria de uma estrela do seu calibre”, escreveu, também no Instagram, Bette Midler, que trabalhou com a actriz na comédia O Clube das Divorciadas (1996).
Goldie Hawn, que entra no mesmo filme, lembra que, “humilde”, Keaton não gostava particularmente de receber elogios. “Mas agora não podes dizer-me para ficar calada, querida. Nunca houve nem nunca haverá ninguém como tu”, escreveu.
O tempo passado com Keaton na rodagem, Hawn descreveu-o como “uma montanha-russa de amor”. “Concordámos em envelhecermos juntas e em talvez até vivermos juntas com todas as nossas amigas um dia. Nunca vivemos juntas, ainda que tenhamos, de facto, envelhecido juntas. Quem sabe, talvez na próxima vida.”
Diane Keaton na cerimónia dos Óscares de 2004
Mike Blake/Reuters
Robert De Niro partilhou um comunicado com a revista The Hollywood Reporter. “Entristece-me muito saber que a Diane morreu. Gostava muito dela e a notícia do seu desaparecimento apanhou-me completamente de surpresa. A sua falta será sentida”, afirma o actor que contracenou com Keaton no segundo capítulo d’O Padrinho. “Uma lenda, um ícone e um ser humano verdadeiramente bondoso”, escreveu, por seu turno, Leonardo DiCaprio, que contracena com Keaton, e com De Niro, em Marvin’s Room (1996).
Viola Davis descreveu Keaton como alguém que “tatuava a alma” em cada uma das suas personagens, de tal forma que se tornava “impossível imaginar qualquer outra pessoa a habitá-las”.
A cantora Belinda Carlisle, que teve em Diane Keaton a realizadora de dois dos seus telediscos (o da célebre Heaven is a place on earth e também o de I get weak), descreveu a actriz como uma pessoa de grande importância na sua carreira. “Era gentil, e excêntrica, e tive sorte em tê-la conhecido.”
Kimberly Williams-Paisley, que faz de filha da personagem de Diane Keaton em O Pai da Noiva (1991), disse que a experiência constitui um dos “pontos altos da [sua] vida”. “Foi entusiasmante poder estar na tua órbita durante um tempo”, escreveu.
Steve Martin, protagonista do mesmo filme, recordou, por seu turno, um momento de uma entrevista a Diane Keaton conduzida em 2021, para a revista Interview, por Martin Short, colaborador regular de Martin que também integra o elenco de O Pai da Noiva. A dada altura, Short pergunta a Keaton qual dos dois Martin é mais sexy. A resposta — “É assim, vocês são ambos idiotas” — “resume a nossa relação encantadora com a Diane”, escreveu Steve Martin.