Sem grandes detalhes ainda conhecidos sobre o seu novo dispositivo, o ex-designer da Apple, Jony Ive, espera que ele alivie o desgaste mental e emocional que a tecnologia tem, a par das suas vantagens, provocado na vida dos utilizadores.

Em conjunto com Jony Ive, o conhecido ex-designer da Apple, a OpenAI planeia lançar um dispositivo que funcionará como uma espécie de ChatGPT de bolso.

Apesar de não haver muitos detalhes, o véu vai sendo levantando. Desta vez, o ex-designer da Apple partilhou que espera que ele alivie o desgaste mental e emocional da vida dos utilizadores.

Não acho que tenhamos uma relação fácil com a nossa tecnologia, neste momento.

Disse Jony Ive, numa conferência de desenvolvedores da OpenAI, na semana passada, partilhando que vê a Inteligência Artificial (IA) como uma oportunidade de usar a capacidade notável da tecnologia “para lidar de forma completa com grande parte da sobrecarga e do desespero que as pessoas sentem, atualmente”.

Na sua perspetiva, “parte disso está relacionado com as ferramentas que [as pessoas] estão a usar”.

Quando digo que temos uma relação desconfortável com a nossa tecnologia, quero dizer que isso é o eufemismo mais obsceno.

IA pode ser mais do que um boost de produtividade, segundo Jony Ive

Conforme deu a entender, o dispositivo que está a desenvolver, em conjunto com a OpenAI, concentrar-se-á em tentar fazer os consumidores felizes, em vez de apenas elevar a sua produtividade.

Estou um pouco desanimado com o quanto todos nós nos levamos a sério», disse ele.

Na verdade, as ramificações de não se importar [com o impacto da tecnologia], de não ser cuidadoso, são realmente horríveis; mas em termos dos dispositivos que projetamos, em termos das interfaces que projetamos, se não conseguirmos sorrir, honestamente, se for apenas mais uma coisa profundamente séria e exclusiva, acho que isso seria um grande “desserviço” para todos nós.

Na opinião de Jony Ive, “temos a oportunidade não apenas de corrigir a situação, mas de mudar completamente a situação em que nos encontramos; de não aceitar que isto tenha de ser a norma”.

Conforme partilhou, o objetivo passa por criar um dispositivo “que simplesmente funcione”. Ele “deve parecer inevitável; deve parecer óbvio”.

O ex-designer da Apple espera que, durante esta nova onda de avanços na IA, as ferramentas da próxima geração “nos tornem felizes, realizados e mais pacíficos, e menos ansiosos e menos desconectados”.