obesidade livro sete coisas para saber Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução/Agência Brasília)

A obesidade vem crescendo no Brasil e já é tratada como uma condição crônica de saúde pública, influenciada não só por hábitos individuais, mas também por fatores biológicos, sociais e econômicos. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença deixou de ser vista apenas como resultado do excesso de comida e falta de exercícios.

Nos últimos anos, o SUS tem ampliado o atendimento e o monitoramento do peso da população. Em 2024, foram registrados 240 milhões de atendimentos na Atenção Primária, sendo 7,8 milhões ligados à obesidade, além de 59,2 milhões de pessoas avaliadas quanto a peso e altura. O cuidado envolve orientação alimentar, incentivo à atividade física e ações preventivas desde a infância, como o programa Amamenta e Alimenta Brasil.

Segundo Kelly Alves, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, o aumento da obesidade está ligado a alimentos ultraprocessados mais baratos e à falta de tempo para preparar refeições saudáveis. Por isso, o governo tem atuado com outros ministérios para promover alimentação acessível, fortalecer o SUS e incentivar o diagnóstico precoce.

Programas, ações e diagnóstico precoce  

O tratamento da obesidade conta com a articulação de diferentes áreas do governo. O Ministério da Saúde atua em conjunto com outros ministérios e órgãos para construir políticas públicas e melhorar as condições de vida da população: 

  • Com o Ministério da Educação, por meio do Programa Saúde na Escola; 
  • Com o Ministério do Desenvolvimento Social, por meio do Programa Bolsa Família; 
  • Com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, para impulsionar a produção da agricultura familiar e agroecológica; 
  • Com o Ministério da Fazenda, na reforma tributária, visando reduzir impostos sobre alimentos saudáveis. 

Uma das principais responsabilidades do Ministério da Saúde é garantir o cofinanciamento do SUS. Embora a oferta dos serviços seja de responsabilidade dos municípios, cabe ao governo federal colaborar financeiramente para o funcionamento da rede. O novo modelo de cofinanciamento da Atenção Primária fortalece os municípios na oferta de serviços e se articula com políticas como o programa Agora Tem Especialistas.