Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

O Museu Naval de Madrid foi palco de uma intervenção por parte de ativistas do movimento de desobediência civil não violenta Futuro Vegetal. As duas mulheres lançaram tinta vermelha biodegradável sobre o quadro “Primeiro Homenaje a Cristóbal Colón”, de José Garnelo, que se encontra na entrada principal do museu, numa ação de protesto contra a celebração da Festa Nacional espanhola, conta o El País.

O incidente danificou a metade esquerda da obra. Um funcionário do museu reteve temporariamente as ativistas até à chegada de agentes da Polícia Nacional, que procedeu à detenção das mulheres.

As duas ativistas foram acusadas de crime contra o Património e conduzidas às instalações policiais para prestar declarações e serem posteriormente apresentadas às autoridades judiciais. Durante a intervenção, os visitantes foram retirados do museu por questões de segurança.

O movimento Futuro Vegetal divulgou a ação nas redes sociais, acompanhada de uma mensagem que sublinhava a sua intenção de denunciar a celebração do 12 de Outubro como uma comemoração de “séculos de opressão, exploração e genocídio da população originária de Abya Yala”.

Em comunicado, o coletivo explicou que a ação visava chamar a atenção para as injustiças históricas sofridas pelos povos originários e exigir reparações às suas comunidades. Segundo a organização, celebrar esta data equivale a ignorar “as feridas de um passado doloroso” e perpetua uma forma de opressão que se mantém até aos dias de hoje.

Também hoje, outra ação de protesto teve lugar em Madrid, desta vez no Museu Reina Sofía, onde cerca de 20 ativistas do grupo Marea Palestina se sentaram frente à obra “Guernica”, de Picasso. Com cartazes a exibir a mensagem “Stop genocídio”, o grupo bloqueou a sala, obrigando à retirada temporária dos visitantes.

A organização explicou, através de comunicado, que a ação visava exigir o fim do genocídio contra o povo palestiniano.

Apesar da assinatura de um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, os ativistas consideram que a situação permanece crítica, com a fome a afetar a população e a ajuda humanitária a não chegar de forma eficaz. Após cerca de 40 minutos, os manifestantes terminaram a ação, saindo da sala com o grito “Viva Palestina livre”.

__
A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil

Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.

Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.