A alta representante da União Europeia (UE) para a diplomacia, Kaja Kallas, considerou esta segunda-feira, em Kiev, que a Rússia está a “brincar à guerra” e que está a ir “além de um conflito hipotético” com o bloco comunitário.
“Cada vez que um drone (aeronave pilotada remotamente) viola o nosso espaço aéreo, há um risco de escalada, seja intencional ou não”, disse Kaja Kallas, em conferência de imprensa, na capital da Ucrânia.
A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança advertiu que Moscovo está a “brincar à guerra” e que está a levar as tensões “além do contexto de um conflito hipotético”.
Kaja Kallas, ex-primeira-ministra da Estónia, está esta segunda-feira em Kiev para “conversações sobre apoio financeiro e militar” à Ucrânia, nomeadamente sobre um empréstimo de reparações que a Europa prepara com base nos ativos russos congelados.
“Os ucranianos inspiram o mundo com a sua coragem. A sua resiliência exige todo o nosso apoio. Estou hoje em Kiev para conversações sobre apoio financeiro e militar, a segurança do setor energético da Ucrânia e a responsabilização da Rússia pelos seus crimes de guerra”, anunciou Kaja Kallas, na rede social X (antigo Twitter).
Ukrainians inspire the world with their courage.
Their resilience calls for our full support.I am in Kyiv today for talks on financial and military support, the security of Ukraine’s energy sector, and holding Russia accountable for its war crimes. pic.twitter.com/xQ3juq9aTT
— Kaja Kallas (@kajakallas) October 13, 2025
Após ter iniciado o seu mandato na Ucrânia em dezembro, Kaja Kallas visita agora a Ucrânia no arranque de um inverno que promete ser difícil devido à destruição em larga escala das infraestruturas energéticas causada pelos ataques russos, mas também quando a Comissão Europeia finaliza uma proposta de empréstimo de reparações à Ucrânia assente em bens imobilizados russos na União Europeia.
Com temperaturas rigorosas à vista, o país enfrenta o risco de cortes prolongados de energia, falhas no aquecimento e colapso de serviços essenciais.
Contudo, a Ucrânia continua a reparar rapidamente as infraestruturas e a reforçar a defesa aérea, sobretudo devido ao apoio europeu.