“Nós demos a cara, nós não nos escondemos de ninguém, nós confrontámo-nos na rua com as pessoas que nos criticavam, que nos davam sugestões, que nos elogiavam, a todas nós ouvíamos e a resposta foi esta: maior vitória de sempre”, afirmou Isaltino Morais, que teve o apoio do PSD, num discurso transmitido pelas televisões.

Na sua 11.ª eleição à presidência da Câmara Municipal de Oeiras, no distrito de Lisboa, Isaltino Morais expressou gratidão pela “confiança extraordinária” demonstrada pelos eleitores nas autárquicas de domingo, sublinhando a “grande responsabilidade” que assume o novo mandato.

“Deram-nos a maioria absoluta na Câmara, deram-nos a maioria absoluta na Assembleia Municipal, deram-nos a maioria absoluta em todas as freguesias”, salientou.

Nas últimas eleições autárquicas, em 2021, Isaltino Morais teve 50,86% dos votos, correspondendo a oito mandatos.

Presidente pela primeira vez em 1985

Isaltino Morais, que foi também ministro das Cidades, ordenamento do Território e Ambiente, foi eleito presidente da Câmara de Oeiras pela primeira vez em 1985, nas listas do PSD, renovando o mandato nas eleições de 1989, 1993, 1997 e 2001.

Em 2005 (quando era arguido num processo judicial) e 2009 voltou a vencer a Câmara de Oeiras, já como independente, mas interrompeu o mandato em 2013 para cumprir pena, depois de ter sido condenado a dois anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Doze anos depois – e meses após ter confirmado que tinha sido convidado pelo PSD para integrar as listas do partido, o que recusou – recandidatou-se ao município como independente e voltou a ganhar, tal como nas eleições de 2021. Devido à lei da limitação de mandatos, as autárquicas deste ano foram as últimas a que pode concorrer no município.

Nas eleições de domingo, a coligação PS/PAN obteve 11,29% dos votos, garantindo um mandato, enquanto o Chega alcançou 8,48% dos votos e assegurou pela primeira vez presença no executivo.

Já o movimento Evoluir Oeiras (BE/Livre/Volt) teve 6,34% dos votos e não conseguiu eleger qualquer vereador, perdendo o único mandato que detinha.