Rui Moreira será o mandatário nacional da candidatura de Luís Marques Mendes à Presidência da República. O anúncio foi feito pelo candidato presidencial esta manhã, à margem de uma visita a uma escola em Sintra. Marques Mendes explicou que esperou pelo fim das eleições autárquicas para anunciar Rui Moreira, que ainda é presidente da Câmara do Porto. Nas mesmas declarações, Marques Mendes apelidou Rui Moreira de um “verdadeiro senador da República”, destacando que por ser “independente” e “sem partido” irá “contribuir decisivamente” para que a sua candidatura “seja ainda mais alargada, mais abrangente e mais agregadora”. “Uma candidatura capaz de representar e unir todos os portugueses”, declarou o social-democrata.

“A minha preocupação foi conhecer uma pessoa independente. Queria uma pessoa muito independente como meu mandatário nacional para dar o sinal de que é uma candidatura para representar todos os portugueses. Quero ser Presidente de todos os portugueses e não de apenas alguns”, justificou Marques Mendes.

O candidato elogiou ainda a experiência e legado de Rui Moreira na Câmara do Porto, acrescentando que “uma das provas mais claras, categóricas, é que ganhou todas as eleições que discutiu”.

Curiosamente, Rui Moreira não é o único ex-autarca do Porto a ser conhecido para o lugar de mandatário nacional de uma das actuais candidaturas presidenciais. Enquanto o independente Moreira apoia o ex-líder do PSD Marques Mendes, o social-democrata Rui Rio é o mandatário nacional da candidatura de Henrique Gouveia e Melo.

Em Julho, Moreira chegou a admitir entrar na corrida a Belém, mas acabou por decidir não ser candidato à Presidência da República. Logo nessa data, Marques Mendes assinalou que gostaria de ter o apoio do autarca do Porto, que está de saída da Câmara. “Evidentemente que, se Rui Moreira me apoiar, fico satisfeito. Qualquer candidato gostaria de ter o apoio de Rui Moreira. Não sei se Rui Moreira me vai apoiar, se vai apoiar outro candidato, ou se vai decidir não apoiar ninguém. Respeito a decisão dele. Nestas matérias não se faz qualquer tipo de pressão”, declarou Marques Mendes em Setembro.