Poucos casos criminais marcaram tanto a opinião pública europeia como o desaparecimento de Maddie McCann durante férias em Portugal há mais de 17 anos. O mistério continua a suscitar novas investigações, suspeitas e declarações que reacendem o debate sobre o que realmente aconteceu naquela noite no Algarve.

O alemão Christian Brueckner, condenado por abusos sexuais de menores e considerado suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, voltou a ser notícia depois de conceder uma entrevista na Alemanha, onde quebrou o silêncio sobre o caso e contou a ‘sua verdade’.

A conversa, conduzida pelo jornalista Rob Hyde e citada pelo jornal britânico Daily Star, aconteceu pouco depois de Brueckner ter sido libertado, após cumprir sete anos de prisão pela violação de uma mulher norte-americana de 72 anos, crime cometido em território português.

“Não, claro que não”

Durante a entrevista, o agora ex-recluso foi questionado diretamente sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido em 2007, no resort Ocean Club, na Praia da Luz. A resposta foi curta e taxativa: “Não, claro que não”, afirmou o alemão, citado pela mesma fonte, negando qualquer envolvimento no caso.

Sob vigilância constante

Brueckner, atualmente com 48 anos, é acompanhado de perto pelas autoridades alemãs. Encontra-se sob vigilância através de uma pulseira eletrónica e vive de hotel em hotel, sob supervisão do Estado.

As provas que sustentam as suspeitas

A polícia associa o suspeito ao desaparecimento de Maddie com base em registos telefónicos que o colocam na zona do resort na noite em que a criança desapareceu.

Naquela altura, Brueckner trabalhava e vivia no Algarve, onde já era conhecido por pequenos furtos e por circular em caravanas.

Mais de 17 anos depois, o caso continua sem uma conclusão definitiva, de acordo com o Daily Star. Apesar das negações, Brueckner mantém-se no centro das investigações conduzidas pelas autoridades alemãs, portuguesas e britânicas, num processo que ainda hoje continua a mobilizar meios e atenção em toda a Europa.

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