Sob pressão de Israel e dos países mediadores para a Faixa de Gaza, o Hamas indicou entretanto que vai entregar entre quatro e seis corpos de reféns na noite de terça-feira, segundo fontes do grupo palestiniano à agência France-Presse (AFP), enquanto o Exército israelita anunciava que a Cruz Vermelha já se encaminhava para um ponto de recolha no norte do enclave.
Donald Trump foi o principal impulsionador do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que foi negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh, no Egito, com a mediação de delegações egípcias, qataris e turcas.
Nesta fase, foi acordado o cessar-fogo, a retirada gradual das forças israelitas, a entrada em massa de ajuda humanitária no enclave palestiniano e a troca de reféns por prisioneiros.
Na segunda-feira, o Hamas entregou 20 reféns vivos, mas apenas os corpos de quatro dos 28 que se presumem mortos, em troca de quase dois mil prisioneiros palestinianos, gerando acusações de “violação dos compromissos” por parte de Israel.
Como resultado do cessar-fogo, o grupo islamita alargou a sua presença, na terça-feira, às zonas das quais o Exército israelita se retirou, sem esperar pela continuação das negociações sobre o plano de 20 pontos do Presidente norte-americano.
A fase seguinte do plano norte-americano inclui o estabelecimento de um sistema de governação no território, do qual o Hamas seria excluído, bem como o desarmamento da sua ala militar.
[Apesar da euforia em torno de Freitas, Soares recupera. O debate com Zenha será decisivo. Quando acabar, nunca mais serão amigos. A “Eleição Mais Louca de Sempre” é o novo Podcast Plus do Observador sobre as Presidenciais de 1986. Uma série narrada pelo ator Gonçalo Waddington, com banda sonora original de Samuel Úria. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E pode ouvir o primeiro episódio aqui e o segundo aqui]
No sábado, um alto dirigente do grupo palestiniano afastou à AFP o desarmamento dos seus combatentes, frisando que essa possibilidade estava “fora de questão”.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.