O primeiro veículo elétrico alguma vez produzido pela Xiaomi, o SU7, está no centro de um novo acidente mortal na China. Um acontecimento que prejudica a imagem da marca.
As dores de crescimento do Xiaomi SU7
Em menos de dois anos, a Xiaomi, que cresceu graças aos seus smartphones, conseguiu também afirmar-se como fabricante de veículos elétricos, nomeadamente com o seu primeiro modelo: o SU7.
Um automóvel que conheceu desde o início um grande sucesso na China, apesar de o país já contar com vários gigantes no setor. Infelizmente, este modelo está no centro da polémica há alguns dias no império asiático.
Um novo acidente mortal com o SU7 da Xiaomi
As imagens são duras. Na noite de 12 para 13 de outubro, um veículo SU7 da Xiaomi esteve envolvido num acidente mortal na cidade chinesa de Chengdu.
O incidente, que destruiu o automóvel, causou a morte do condutor e foi registado num vídeo que desde então se espalhou pela internet.
Segundo as autoridades, o homem de 31 anos conduzia embriagado ao volante do seu SU7 Ultra (a versão mais potente da gama) e circulava a uma velocidade muito superior ao permitido (entre 100 e 150 km/h).
Após uma condução errática, embateu noutro veículo, atravessou para a faixa contrária e acabou por incendiar-se.
Puxadores elétricos das portas não estarão, desta vez, em causa
Neste momento, nada parece realmente incriminar a Xiaomi. No entanto, o vídeo viral gravado após o acidente mostra transeuntes a tentar retirar o condutor, sem sucesso.
As portas permaneceram bloqueadas, e o condutor acabou por morrer durante o incêndio.
【速報】中国でXiaomi SU7 EVが衝突事故。火災発生後、電力喪失でドアがロックされ、運転手が脱出できず死亡。救助失敗。Xiaomi株価は9%下落。EVの電子ドア安全性が再燃した。pic.twitter.com/hK1neiKDyj
— NEW【世界ニュース】 (@sutoroveli_news) October 14, 2025
Recorde-se que, no incidente anterior envolvendo um SU7 na China, ocorrido em março passado, o sistema de puxadores elétricos tinha sido apontado como possível responsável.
Desta vez, porém, as fotos da carcaça mostram que as portas ficaram profundamente deformadas com o impacto da colisão, o que tenderia a ilibar o sistema elétrico da impossibilidade de abrir as portas e retirar o condutor do habitáculo.
Ainda assim, o mercado reagiu muito mal a este acidente: as ações da Xiaomi caíram cerca de 10% após o anúncio do mesmo, atingindo o valor mais baixo dos últimos cinco meses.


